A balança comercial brasileira registrou superávit de US$50,56 bilhões até o dia 17 de setembro (MDIC).
Em relação ao mesmo período do ano passado, este resultado está 45,6% maior. O resultado é recorde para o período.
O faturamento com a exportação foi de US$155,05 bilhões.
Até terceira semana de setembro, o faturamento cresceu 21,2%, em razão do aumento nas vendas dos produtos básicos (33,5%), manufaturados (16,4%) e semimanufaturados (7,4%).
Entre os produtos básicos, o crescimento aconteceu em função da maior exportação de soja e milho em grãos, minério de ferro, carne de frango e carne bovina, que será o tema abordado nesta análise.
Exportação de carne bovina
De janeiro a agosto, a exportação foi de 753,1 mil toneladas de carne bovina in natura, com faturamento de US$3,14 bilhões.
Entre os principais compradores, em volume, estão: Hong Kong, China, Rússia, Egito e Irã. Veja a figura 1.
Na comparação com mesmo período do ano passado, o acumulado no período está 2,2% maior. Apesar dos resultados ruins no primeiro semestre, em junho, julho e agosto, o volume exportado compensou o desempenho ruim.
Em agosto, o volume embarcado foi o maior desde maio de 2007.
Em setembro, até a quarta semana, o Brasil exportara 83,2 mil toneladas de carne bovina in natura, com faturamento total de US$351,7 milhões.
A média diária foi de 5,5 mil toneladas. Caso este ritmo continue, setembro terminará com 115,5 mil toneladas embarcadas, o que representaria alta de 24,1% em relação a setembro de 2016.
Novos mercados
Em 19 de setembro o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento informou que a Argentina autorizará a compra de carne bovina brasileira in natura, após cinco anos barrando o comércio.
Apesar da pequena quantidade esperada de carne comercializada, a abertura de mercado é bem-vinda. Em 2011, último ano de importação os argentinos compraram 51,7 toneladas.
Considerações finais
Embora represente próximo de um quinto da produção brasileira, diante de uma demanda interna enfraquecida, o mercado externo é um importante meio de escoamento da produção.