O preço médio nominal dos cortes sem osso vendidos no atacado na última quinzena de setembro, em São Paulo, é o menor desde 2015.
A expectativa agora é para o crescimento das vendas nestes meses finais de ano, comportamento sazonal, mas que não ocorreu em 2016.
Por enquanto, desde julho, quando os preços no atacado afundaram para o menor patamar de 2017, o mercado, apesar das desvalorizações das duas últimas semanas, já acumula alta de 6,0%. Ou seja, a curva de crescimento de preços descreve a trajetória esperada para o período.
Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), este ano as contratações temporárias devem crescer 10,0% em relação aos postos criados no ano passado, é o primeiro crescimento em dois anos. Os salários deverão crescer 7,1% em relação ao de 2016 para este tipo de vaga.
Este tipo de movimento, associado ao pagamento de décimo terceiro salário é o motor para aumento nas vendas no último trimestre do ano. E, população mais capitalizada é quase sempre igual a aumento de consumo de carne bovina.
Outro índice produzido pela CNC que vale a pena ficar de olho é de Intenção de Consumo das Famílias (ICF). Embora o desempenho de setembro seja 6,4% superior ao de doze meses atrás, o índice caiu 0,7% em relação a agosto e segue abaixo dos 100 pontos, o que segundo a Confederação indica uma percepção de insatisfação com a situação atual.
Ou seja, em resumo, é claro que a situação melhorou frente ao que se viu no último ano, mas é bom regular, ser comedido com as expectativas, principalmente para quem tem boi para vender no final do ano, já que o comportamento do mercado de carne é determinante para o preço da arroba do boi gordo.