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Falta de chuvas na Argentina

por Rafael Ribeiro
Quinta-feira, 23 de novembro de 2017 -15h00

No Brasil Central, as chuvas variaram entre 50 e 250 milímetros no acumulado de novembro. Os maiores volumes foram verificados na região nordeste de Mato Grosso e sul/sudeste de Goiás.


Em São Paulo e Minas Gerais, as precipitações variaram entre 100 e 200 milímetros no período e foram mais bem distribuídas ao longo do mês.


As chuvas nas últimas semanas permitiram o avanço da semeadura de grãos (safra 2017/2018) no país, especialmente no Centro-Oeste, onde os atrasos no início da estação chuvosa preocupavam os produtores.


No extremo sul do Rio Grande do Sul, por outro lado, destacamos a trégua nas chuvas. Os volumes não ultrapassaram os 25-50 milímetros até o dia 22 de novembro.


Com um cenário melhor de clima no Brasil, a preocupação maior agora é com a falta de chuvas na Argentina e os possíveis reflexos sobre a safra 2017/2018. Se este cenário persistir, as produções de soja, milho e trigo poderão ser prejudicadas no país.


Outro ponto importante são as recentes projeções meteorológicas apontando para uma possível formação de La Niña para dezembro/17, janeiro/18 e fevereiro/18.


Caso se confirme, o fenômeno poderá se configurar um quadro de chuvas mais escassas na Argentina e na região Sul do Brasil nos próximos meses, o que poderá afetar o desenvolvimento e, consequentemente, a produtividade das lavouras na safra de verão.


Expectativas


Para o final de novembro e começo de dezembro estão previstas chuvas no Brasil Central entre 50 e 100 milímetros.


Para a região Sudeste e sul da região Centro-Oeste os volumes deverão ficar próximos de 50 milímetros no acumulado entre os dias 23 de novembro e 1 de dezembro de 2017.


Por fim, para o Sul do Brasil e para a Argentina, não estão previstas chuvas até o começo de dezembro, o que mantém a atenção dos agentes de mercado.