Após as valorizações iniciadas em agosto deste ano, o mercado de milho trabalhou em ritmo mais calmo na segunda quinzena de novembro.
Na comparação com outubro último, o volume diário exportado em novembro teve queda de 17,7%, o que, associado à menor movimentação no mercado interno e a boa oferta colaborou com o cenário de preços mais frouxos em São Paulo e Minas Gerais, por exemplo. No Centro-Oeste as cotações estiveram mais firmes.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na região de Campinas-SP a saca de 60kg do cereal fechou cotada em R$29,80 (30/11), frente a negócios em até R$32,00 por saca no início do mês. No início de dezembro, a referência estava em R$30,00 por saca.
Até o início da colheita da safra de verão ou primeira safra, a expectativa é de mercado firme e altas de preços não estão descartadas.
Apesar das recentes quedas no ritmo dos embarques, em função da concorrência crescente com o milho norte-americano, a exportação deverá apresentar bom desempenho até pelo menos o primeiro bimestre de 2018.
Cabe destacar, porém, que o grande volume estocado no país deverá conter as valorizações no mercado interno. Outro ponto importante é a menor movimentação no mercado doméstico no final de ano, o que pode dar uma esfriada no cenário.
A Conab estimara em 19,20 milhões de toneladas os estoques finais em 2016/2017 e 24,09 milhões de toneladas ao final de 2017/2018. Para uma comparação, em 2015/2016, quando os preços dispararam, os estoques finais eram de 6,95 milhões de toneladas.
Para o pecuarista que precisará de milho para os próximos três ou quatro meses (até março/18), mantemos a sugestão de antecipar a compra do cereal, diante da expectativa de alta de preços no mercado interno.
Este final de ano e começo de 2018 poderão trazer oportunidades de compras, considerando a menor movimentação.