Os dois últimos meses de 2017 vêm apresentando cenário bem diferente do observado em 2016. Novembro foi marcado por alta na média dos cortes bovinos sem osso e dezembro começou com cenário semelhante. Já são cinco semanas seguidas de alta nos preços.
Nos últimos sete dias houve valorização de 0,4%, em média. No período, os cortes do traseiro apresentaram alta de 0,9%, enquanto que os cortes do dianteiro tiveram queda de 1,2%.
Já nos últimos trinta dias o aumento foi de 5,2%, na média de todos os cortes pesquisados pela Scot Consultoria.
Apesar de ainda comedida, a melhora na economia é um dos pontos positivos que vêm colaborando para aumento da demanda no mercado interno.
As contratações temporárias, o recebimento do décimo terceiro salário e o início do mês são os principais fatores que colaboram para esse cenário.
Do lado da oferta, a dificuldade dos frigoríficos em adquirir bovinos terminados colabora para manter os estoques enxutos e os preços firmes.
Junto a isso, o mercado externo vem apresentando bons resultados. Já são seis meses seguidos de exportações acima de 100,0 mil toneladas. Assim, no acumulado do ano, temos alta de 11,3% no volume exportado pelo Brasil em relação ao mesmo período de 2016.
Para os próximos dias, fica expectativa quanto ao comportamento do escoamento, que vem dando sustentação também para o mercado do boi gordo.