Os preços do milho recuaram nesta segunda semana de junho, após encerrada a greve dos caminhoneiros no país.
O início da colheita da segunda safra (2017/2018) colabora com este cenário de menor pressão sobre as cotações.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na região de Campinas-SP, a saca de 60 quilos chegou a ser negociada em R$45,00, sem o frete, no final de maio, durante o período de greve. Atualmente, a referência está em R$43,00 por saca na região.
Considerando a praça de São Paulo, atualmente é possível comprar 3,26 sacas de milho com o valor de uma arroba de boi gordo.
Os patamares mais altos de preços do milho e a queda no preço do boi gordo prejudicaram a relação de troca. O poder de compra do pecuarista frente ao insumo diminuiu 4,1% em junho na comparação mensal.
Já em relação a junho do ano passado, são 35,5% ou 1,79 saca a menos adquirida com o valor de uma arroba no estado.
É a pior relação de troca desde maio de 2016, quando era possível comprar por volta de 3,0 sacas de milho com o valor de uma arroba de boi gordo.
Para junho, com a colheita da segunda safra avançando no país, a expectativa é de preços mais frouxos para o milho no mercado interno.
Na B3 (antiga BM&F), os contratos futuros de milho com vencimentos em julho e setembro de 2018 caíram nesta semana, refletindo o peso da colheita e aumento da disponibilidade interna.
No entanto, o câmbio merece atenção, já que a alta do dólar poderá aumentar a competitividade do milho brasileiro para exportação no segundo semestre.
Por outro lado, existe preocupação com relação ao tabelamento do frete rodoviário, que poderá afetar a movimentação no mercado brasileiro de grãos.