A boa demanda por soja e as valorizações do dólar em relação ao real mantêm firmes os preços do grão e do farelo de soja no mercado interno.
Vale destacar que em maio último, mesmo com a paralisação dos caminhoneiros (que afetou a exportação), o Brasil embarcou 12,35 milhões de toneladas de soja grão (volume mensal recorde) e 1,65 milhão de toneladas de farelo (MDIC).
Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, a tonelada do alimento concentrado ficou cotada, em média, em R$1.475,14, sem o frete, na primeira quinzena de junho.
Em relação ao mesmo período de 2017, o preço subiu 29,4%. Já na comparação mensal a alta foi de 1,7%.
A tendência é de que os volumes embarcados pelo Brasil diminuam gradualmente daqui para frente, com a menor disponibilidade interna.
No entanto, o período de entressafra nos Estados Unidos deverá manter os preços firmes no mercado internacional em curto e médio prazos.
Atenção também ao câmbio, que tem variado bastante nas últimas semanas e tem impacto direto no mercado de soja no Brasil, e ao desenvolvimento da safra norte-americana 2018/2019.
Outro ponto de atenção é o tabelamento do frete, que travou o mercado de grãos em junho.