Apesar da colheita da segunda safra em andamento, os preços do cereal firmaram no mercado interno a partir de meados de julho, com as recentes revisões para baixo da produtividade da segunda safra. No mais, a ponta vendedora se mostrou mais retraída com relação a oferta, à espera de preços melhores.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na região de Campinas-SP, a saca de 60 quilos fechou julho cotada em R$38,00, para a entrega imediata, sem o frete a negócios em até R$35,50 por saca no final de junho.
Em relação a julho do ano passado, o milho está custando 49,1% a mais este ano.
Para o curto prazo (agosto), a expectativa é de mercado firme para o grão diante da menor oferta do lado vendedor, porém, com as altas limitadas pela colheita da segunda safra.
Pontualmente, com o avanço da colheita e maior disponibilidade interna, as cotações podem cair nas primeiras semanas de agosto, da mesma forma que ocorreu ao longo de julho. Mas a tendência já é de mercado mais firme.
Já no médio e longo prazos (a partir de setembro), a previsão é de que as exportações brasileiras de milho grão ganhem força, o que poderá dar uma puxada nos preços no mercado brasileiro para cima. Vai depender do câmbio.