O preço do leite pago ao produtor subiu pelo sétimo mês consecutivo no pagamento de agosto, referente ao produto entregue em julho. Segundo levantamento da Scot Consultoria, a média nacional ficou em R$1,25 por litro, sem o frete, alta de 1,4% na variação mensal e de 21,3% no acumulado de 2018.
Em relação a agosto de 2017, o produtor está recebendo 10,6% a mais neste ano, mesmo ante o aumento na produção do Sul e a retomada no crescimento da oferta em Minas Gerais, São Paulo e Goiás.
Dados parciais de agosto mostram que a captação leiteira aumentou cerca de 3% na média nacional, na variação mensal. Apesar da elevação, a produção de 2018 está abaixo da média de anos anteriores, o que explica o ganho nos preços. Segundo o Índice Scot Consultoria, o volume captado em agosto de 2018 foi 11,3% menor no comparativo anual.
Para o pagamento que será realizado em setembro, referente à produção de agosto, 22% dos laticínios pesquisados pela Scot acreditam em alta do preço do leite ao produtor (maioria localizada no Nordeste), 42% relatam estabilidade e os 36% restante estimam quedas nos preços, frente ao pagamento anterior.
Depois de dois meses de queda, as despesas da atividade leiteira subiram em agosto. Segundo o Índice Scot Consultoria de Custo de Produção, o aumento foi de 3% em relação a julho e de 13,7% no comparativo anual. Desde o início do ano, os custos acumulam um incremento de 8,9%.
“As altas nos preços dos alimentos concentrados, principalmente o milho e o farelo de soja, puxaram o indicador para cima. Fertilizantes e produtos para sanidade animal também ficaram mais caros”, afirma em relatório a analista Juliana Pila.
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