Scot Consultoria
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De olho no abate de fêmeas

por Breno de Lima
Quinta-feira, 20 de setembro de 2018 -05h25


O mercado de reposição segue sua trajetória de alta e as cotações já acumulam valorização de 2,1% desde o início de julho.


Na comparação semanal, na média de todas as categorias de machos, fêmeas e estados pesquisados pela Scot Consultoria, as cotações subiram 0,2%.


As cotações de reposição estão subindo mais que o boi gordo. Considerando a praça de São Paulo como exemplo, a média da arroba do boi gordo está 2,4% maior do que em agosto. Já para o bezerro de desmama (6@), na mesma comparação as cotações estão 3,5% maiores.


Com isso, o poder de compra do recriador diminuiu. Atualmente, em São Paulo, são necessárias 8,01 arrobas de boi gordo para a compra de um bezerro de desmama. Há um mês eram necessárias 7,93.


O que vale a atenção é que apesar da queda momentânea no poder de compra do recriador, o cenário para o longo prazo pode trazer boas oportunidades. 


Os últimos dados do Instuituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no dia 12 de setembro de 2018, mostram que no primeiro semestre de 2018 houve um incremento de 7,9% no volume de fêmeas destinadas ao abate  em relação ao mesmo período do ano passado, ou seja, o volume de fêmeas abatidas está crescendo desde 2017 e, consequentemente, devemos ter menor oferta de bezerros já a partir de 2019/2020. 


Se esta menor oferta de bezerros se confirmar, as cotações devem se valorizar.


Além da oportunidade de ainda aproveitar o “mercado atrativo” para a compra da cria em 2018, há ainda a possibilidade de valorização da arroba dentro do próprio sistema, uma vez que o bezerro comprado hoje deve ser vendido como boi gordo provavelmente em um momento de ciclo de alta de preços para a arroba.


Locução feita por: Felippe Reis.


Análise de: Breno de Lima.