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Boi magro: difícil de achar e difícil de comprar

por Breno de Lima
Terça-feira, 23 de abril de 2019 -05h55


Até aqui, na maior parte do país, as condições das pastagens permitem a retenção dos bovinos. 


Isso tem impactado diretamente a oferta de boi gordo para os frigoríficos, resultando em cotações firmes para a arroba. 


Com o pasto dando conta do recado e a arroba do boi gordo firme, a demanda por reposição está em alta. Essa maior procura já seria suficiente para valorizações nas cotações das categorias, porém, a menor oferta de animais tem impulsionado ainda mais os preços. 


Pelo lado das categorias mais jovens, o maior volume de fêmeas destinadas para o abate nos dois últimos anos (2017/2018) começa a impactar a oferta de bezerros e o recriador que sai às compras hoje tem dificuldade para achar os animais. 


Em São Paulo, por exemplo, o bezerro de desmama (6@) fechou a semana cotado em R$1,3 mil/cabeça. Nominalmente esse patamar não era observado desde junho de 2016. 


Já nas categorias mais eradas, a dificuldade de compra é ainda maior. Não está fácil achar o boi magro. 


Quem possui a categoria no pasto tem preferido segurar os animais para a engorda. Além do pasto “melhor”, os preços do milho hoje estão mais interessantes frente a 2018 e isso aumenta a atratividade para a terminação no cocho. 


Para o curto prazo, pelo lado das categorias mais eradas o cenário de oferta restrita não deve sofrer alterações. Já para o bezerro, a oferta deve crescer gradualmente, conforme a desmama for chegando ao mercado, com previsão de maiores volumes para maio.