A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou na última quinta-feira (8/8) o décimo primeiro levantamento da safra brasileira de grãos (2018/2019).
Destacamos mais uma revisão para cima na produção de milho de segunda safra, que foi estimada em 73,07 milhões de toneladas, 1,0% acima do estimado no relatório de julho.
Na comparação com o colhido na safra passada, o volume previsto aumentou 35,6%, o equivalente a 19,17 milhões de toneladas a mais.
Neste caso, além do crescimento de 7,8% na área semeada, frente ao ciclo passado, o clima foi bastante favorável para o desenvolvimento das lavouras na segunda safra. A expectativa é de uma produtividade média 25,8% maior nesta temporada.
A colheita está na reta final no país.
No Paraná, até 5/8, 81,0% da área de milho de segunda havia sido colhida, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral). Em Mato Grosso, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a colheita do milho atingira 97,7% da área até o dia 2/8.
No total (primeira e segunda safras) a produção nacional está estimada em 99,31 milhões de toneladas de milho em 2018/2019. É a maior safra da história.
Com relação às exportações, a Conab estima 34,50 milhões de toneladas embarcadas este ano pelo Brasil, frente às 33,50 milhões de toneladas estimadas anteriormente.
Com as exportações crescendo mais que o incremento na produção, em relação ao relatório anterior, os estoques finais foram revisados para baixo. Estão previstas 17 milhões de toneladas ao final do ciclo 2018/2019.
A previsão no relatório de julho era de 18,19 milhões de toneladas em estoques finais no ciclo atual. Em 2017/2018 o país fechou com 15,30 milhões de toneladas em estoques.
Apesar da produção recorde e estoques maiores, os preços do cereal firmaram em agosto, com o dólar em alta e exportações aquecidas.
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Artigo originalmente publicado no informativo Boi & Companhia, edição 1351.