Pluviometria na primeira quinzena do mês e situação das lavouras no sul do Brasil

No acumulado deste mês (até dia 15), as chuvas concentraram-se no Centro-Norte brasileiro, chovendo até 500 milímetros em áreas menores.

Entretanto, no Sul do país e o extremo Nordeste, observa-se um cenário contrário, onde a pluviometria não ultrapassou os 50 milímetros (figura 1).

O clima tem afetado diretamente a safra de grãos no Sul do país. Segundo dados do Deral, até o dia 13, as condições das lavouras paranaenses pioraram. As lavouras de milho em boas condições caíram de 90% para 77% e as de soja saíram de 83% para 71% na comparação semanal.

Muito se deve à irregularidade das chuvas no estado e aos volumes menores registrados nas últimas semanas, além de temperatura máxima mais alta no oeste do estado.

No Rio Grande do Sul, a situação é similar. A semeadura de soja vem sendo prejudicada, pois a umidade do solo tem diminuído nos últimos dias, por conta do menor volume de chuvas e temperaturas muito altas durante o dia, além dos ventos.

Segundo dados do Emater-RS, no relatório de 9/12, a semeadura avançou 5 pontos percentuais, na comparação semanal e atingiu 85% em área semeada. Para o milho, o cenário é similar e as plantas que estão em desenvolvimento vegetativo encontram-se, em alguns locais, em estresse hídrico.

No curto prazo, o maior volume de chuvas é esperado para o Centro-Norte do Brasil, englobando Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Bahia, Piauí, Maranhão e a região Norte, podendo chegar em até 200 milímetros em pontos mais isolados.

O extremo Nordeste brasileiro segue sem previsão de chuvas e o Sul do país deve continuar com volumes menores, atingindo apenas 50 milímetros.

FIGURA 1. Volume de chuvas no Brasil no acumulado de dezembro/21 (até dia 15), em milímetros.

Fonte: INPE / CPTEC

FIGURA 2. Previsão de chuvas entre os dias 16 e 24 de dezembro de 2021, em milímetros.

Fonte: USDA