A região 120°W e 170°W, na altura da linha do Equador, é conhecida como Niño 3.4. É nesta localização que a temperatura superficial do oceano Pacífico define qual o fenômeno que estará em ação, seja El Niño, La Niña ou neutralidade.
Em temperaturas abaixo da normal climatológica, é caracterizado ocorrência de La Niña e, em temperaturas acima, de El Niño.
Na figura 1, é possível ver que tal área está com sua temperatura 0,5°C abaixo da normal climatológica, média calculada com dados dos últimos 30 anos. Apesar de ainda estar abaixo da normal, a temperatura tem aumentado nas últimas semanas.
Assim, as previsões têm alterado os prognósticos de precipitação no Brasil, de acordo com a mudança de fenômenos. Entraremos no outono, com neutralidade no fenômeno climático, que deverá perdurar até o trimestre abril-maio-junho.
A neutralidade dará espaço ao El Niño, que, geralmente, traz maior volume de chuvas ao Sul do País, menores volumes de precipitação no Norte e Nordeste e temperaturas maiores no Sudeste.
Em março, as precipitações deverão se concentrar na porção Centro-Norte do país, variando entre 230 e 430 milímetros. Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Oeste de São Paulo e a região Sul deverão ficar com os menores volumes de chuvas do mês, atingindo os 160 milímetros, com mínima de 60 milímetros. Veja na figura 2.
Quanto às anomalias, ao que tudo indica, é o fim de chuvas abaixo da normal climatológica no Sul do país. No geral, as chuvas deverão ficar até 50 milímetros acima do esperado para o mês (figura 3).
Figura 1.
Anomalia da temperatura da superfície do mar, em graus Celsius, de 22 de fevereiro a 1 de março.
Fonte: INPE/CPTEC
Figura 2.
Previsão de precipitação em março, em milímetros.
Fonte: INMET
Figura 3.
Previsão de anomalia de precipitação em março, em milímetros.
Fonte: INMET