Durante os meses de outono, o Brasil passou por bloqueios atmosféricos, ondas de calor e veranicos, além de baixa umidade relativa do ar, o que dificultou a formação de nuvens e a ocorrência de chuvas em grande parte do Brasil Central. Também ocorreram alguns episódios de frente fria, não muito expressivos. No geral, foi um período mais quente que o habitual.
Não se engane, o inverno não tende a fugir dessas características.
A estação fria começa oficialmente em 21 de junho. No entanto, durante os próximos meses, os efeitos já conhecidos como, ar mais seco, restrições de chuvas e temperaturas mais baixas, tendem a ser mais extremos esse ano. A exceção é da característica mais presente do inverno: o frio.
Apesar dos bloqueios atmosféricos que impedem a circulação das massas de ar frio, a estação não descarta a possibilidade de quedas significativas na temperatura e ondas de frio. Levando em consideração a possibilidade de início do La Niña em julho, há uma expectativa de maior frequência de massas de ar frio. No entanto, por conta dos bloqueios atmosféricos, o ar frio terá grande dificuldade para avançar para áreas mais na região Norte e no interior do país.
Durante o período, as chuvas estarão presentes em áreas do Norte e litoral nordestino, além de toda região Sul, podendo marcar um volume de até 55mm.
O Sudeste e Centro-Oeste do Brasil apresentarão precipitação baixa ou quase inexistente. A expectativa é que ocorram precipitações em São Paulo, porém, para a semana em questão, os volumes não ultrapassarão 15mm.
As anomalias negativas indicam que a precipitação está abaixo do normal para este período na Amazônia brasileira, e poderá apresentar até 50mm negativos. No Sul, quadro oposto, com anomalias positivas, sugerindo um volume até 25mm acima da média.
Figura 1.
Previsão de precipitação acumulada entre 24 e 30 de junho, em mm.
Fonte: NOAA
Figura 2.
Anomalia de precipitação acumulada entre 24 e 30 de junho, em mm.
Fonte: NOAA