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O pagamento do leite ao produtor de setembro, referente a captação de agosto, voltou a subir depois da queda observada no pagamento anterior.

O aumento na comparação mensal foi de 1,7%, ou R$0,04/litro. Considerando a média nacional ponderada nos dezoito estados pesquisados pela Scot Consultoria, o litro de leite ficou cotado em R$2,532.

Em relação a igual período do ano passado, o preço médio está 11,3% maior.

A alta no preço do leite aconteceu em decorrência de uma produção que não cresceu como o esperado. O clima extremo prejudicou a atividade. A entressafra no Sudeste e Centro-Oeste foi intensificada com o excesso de calor, e as queimadas fizeram o quadro se agravar, pois além de comprometer as forragens para a alimentação animal e elevar os custos de produção com alimentação, afetaram o bem-estar dos animais.

Na região Sul, a produção também cresceu menos que o esperado. O excesso de chuvas, principalmente no Rio Grande do Sul, prejudicou o desenvolvimento adequado das pastagens, o que acabou influenciando negativamente na produção.

De acordo com o Índice de Captação da Scot Consultoria, o aumento na produção em agosto em relação a julho foi de 2,3%, mas o crescimento em estados como São Paulo, Minas Gerais e Goiás foi de 0,7%, 1,7% e 1,8%, respectivamente. Mesmo com a margem favorável para o produtor de leite nos últimos meses, o estímulo à atividade foi menor do que o esperado.

Para o pagamento a ser realizado em outubro, referente à produção entregue em setembro, a expectativa é de estabilidade a alta. Segundo levantamento da Scot Consultoria, nenhum dos laticínios consultados apontam para queda nos preços no próximo pagamento, 53,3% falam em alta e 46,7% apontam para estabilidade.

Além da produção crescendo aquém do esperado, a importação foi menor em agosto, diminuindo a disponibilidade, colaborando para o quadro.

Figura 1.
Cotação média nacional ponderada do leite ao produtor - em R$/litro, sem o frete, valores nominais.

Fonte: Scot Consultoria

Tabela 1.
Preços médios do leite (padrão) ao produtor nos dois últimos pagamentos - em R$/litro, sem o frete.

MÊS SP MG GO RJ ES MS MT RO PA
AGO/24 2,531 2,580 2,365 2,256 2,321 2,310 2,393 2,193 2,234
SET/24 2,563 2,603 2,393 2,300 2,379 2,295 2,434 2,216 2,214
Variação 1,24% 0,88% 1,19% 1,93% 2,49% -0,62% 1,72% 1,02% -0,90%

 

MÊS TO PR SC RS BA PE CE AL MA
AGO/24 1,966 2,606 2,626 2,542 2,206 2,340 2,275 2,262 2,025
SET/24 1,991 2,691 2,720 2,610 2,248 2,330 2,255 2,268 2,040
Variação 1,31% 3,26% 3,56% 2,67% 1,89% -0,43% -0,88% 0,27% 0,74%

Fonte: Scot Consultoria

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Scot Consultoria
www.scotconsultoria.com.br

Preço do leite ao produtor volta a apresentar alta no pagamento de setembro

por Juliana Pila
07/10/2024 - 06:00


O pagamento do leite ao produtor de setembro, referente a captação de agosto, voltou a subir depois da queda observada no pagamento anterior.

O aumento na comparação mensal foi de 1,7%, ou R$0,04/litro. Considerando a média nacional ponderada nos dezoito estados pesquisados pela Scot Consultoria, o litro de leite ficou cotado em R$2,532.

Em relação a igual período do ano passado, o preço médio está 11,3% maior.

A alta no preço do leite aconteceu em decorrência de uma produção que não cresceu como o esperado. O clima extremo prejudicou a atividade. A entressafra no Sudeste e Centro-Oeste foi intensificada com o excesso de calor, e as queimadas fizeram o quadro se agravar, pois além de comprometer as forragens para a alimentação animal e elevar os custos de produção com alimentação, afetaram o bem-estar dos animais.

Na região Sul, a produção também cresceu menos que o esperado. O excesso de chuvas, principalmente no Rio Grande do Sul, prejudicou o desenvolvimento adequado das pastagens, o que acabou influenciando negativamente na produção.

De acordo com o Índice de Captação da Scot Consultoria, o aumento na produção em agosto em relação a julho foi de 2,3%, mas o crescimento em estados como São Paulo, Minas Gerais e Goiás foi de 0,7%, 1,7% e 1,8%, respectivamente. Mesmo com a margem favorável para o produtor de leite nos últimos meses, o estímulo à atividade foi menor do que o esperado.

Para o pagamento a ser realizado em outubro, referente à produção entregue em setembro, a expectativa é de estabilidade a alta. Segundo levantamento da Scot Consultoria, nenhum dos laticínios consultados apontam para queda nos preços no próximo pagamento, 53,3% falam em alta e 46,7% apontam para estabilidade.

Além da produção crescendo aquém do esperado, a importação foi menor em agosto, diminuindo a disponibilidade, colaborando para o quadro.

Figura 1.
Cotação média nacional ponderada do leite ao produtor - em R$/litro, sem o frete, valores nominais.

Fonte: Scot Consultoria

Tabela 1.
Preços médios do leite (padrão) ao produtor nos dois últimos pagamentos - em R$/litro, sem o frete.

MÊS SP MG GO RJ ES MS MT RO PA
AGO/24 2,531 2,580 2,365 2,256 2,321 2,310 2,393 2,193 2,234
SET/24 2,563 2,603 2,393 2,300 2,379 2,295 2,434 2,216 2,214
Variação 1,24% 0,88% 1,19% 1,93% 2,49% -0,62% 1,72% 1,02% -0,90%

 

MÊS TO PR SC RS BA PE CE AL MA
AGO/24 1,966 2,606 2,626 2,542 2,206 2,340 2,275 2,262 2,025
SET/24 1,991 2,691 2,720 2,610 2,248 2,330 2,255 2,268 2,040
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Fonte: Scot Consultoria