O setor de rações animal expandiu em 2005. Porém, em função de alguns acontecimentos, foi no segmento de aves em que houve maior crescimento.
Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), a receita total do setor cresceu 10,7% em 2005, totalizando US$9,3 bilhões, e deve expandir cerca de 10,0% em 2006.
Apesar dos embargos impostos à carne bovina e suína brasileira em 2005, depois da ocorrência de febre aftosa, os resultados com as vendas externas foram positivos. Para 2006, a perspectiva de retomada de alguns mercados, temporariamente fechados para o Brasil, e a possibilidade de entrada de carne de frango em países acometidos pela gripe aviária, podem auxiliar no crescimento do setor ao longo do ano.
De acordo com o Sindirações, as vendas para a pecuária bovina foram as que menos cresceram em 2005 (responde por cerca de 3,2% do total do setor), especialmente no segmento de suplementos minerais.
Além da ocorrência da aftosa, o desânimo dos pecuaristas vem também dos preços baixos recebidos pelo boi gordo ao longo do ano. A média paga pelo gado em São Paulo em 2005 foi de R$55,65/@, o valor mais baixo dos últimos 35 anos, quando analisamos os valores corrigidos pelo IGP – DI.
Mesmo assim, houve aumento nas vendas em 6,6% em 2005, sustentados pela venda de alimentos para a pecuária leiteira. Tanto que, segundo a Scot Consultoria, a produção de leite cresceu em 2005 em decorrência do aumento do fornecimento de alimentos aos animais.
Enquanto isso, os segmentos de aves e suínos, responsáveis pela maior parte das vendas em função do próprio sistema de produção, cresceram 9 e 7%,
respectivamente. (MGT)