Nos dias 14 e 15 de março de 2012 acontecerá o
Encontro de Confinamento da Scot Consultoria, em Ribeirão Preto-SP.
Mais informações em
http://www.scotconsultoria.com.br/encontroconfinamento/
Um dos palestrantes será o Professor Doutor Antonio Sérgio de Oliveira, da Universidade Estadual de Londrina-PR, e pesquisador da CBA Biotecnologia Agropecuária e da Nitral Urbana. Atua na área de biotecnologia agropecuária.
Sua palestra abordará os processos de ensilagem e qualidade da silagem.
Para saber um pouco sobre o que será abordado na apresentação do Professor Antonio, leia a entrevista que ele concedeu à Pamela Alves, analista júnior da Scot Consultoria.
Entrevista Antonio Sérgio de Oliveira
Scot Consultoria: Com a tecnificação na pecuária, o uso de silagem na nutrição animal está em expansão?
Antonio Sérgio de Oliveira: Sim, atualmente o problema é a disponibilidade de alimento de qualidade durante o ano todo para atender às exigências dos altos níveis de produção e máximo desempenho dos animais.
A integração agricultura/pecuária possibilita a produção de forragens com valor nutritivo adequado e alta produtividade por hectare. A utilização de forragens conservadas evita a falta de disponibilidade dos alimentos devido à sazonalidade e/ou perdas por conta da seca ou do frio.
Scot Consultoria: Com o aquecimento do mercado de grãos, o uso da silagem de capim tem aumentado?
Antonio Sérgio de Oliveira: Sim, uso de silagem de capim é uma excelente alternativa para conservar as sobras no melhor ponto de valor nutritivo da forragem. Principalmente no Brasil, onde o fotoperíodo é longo e com alto índice fotossintético e de produtividade. Além da silagem para alimentação de gado de corte e leite, temos um potencial enorme para utilizá-la como fonte energética.
Scot Consultoria: Quais as variedades de capim comumente utilizadas pelos pecuaristas para ensilar?
Antonio Sérgio de Oliveira: Utiliza-se principalmente Panicum Maximum cv. Mombaça, Panicum Maximum cv. Tanzânia e Pennisetum purpureum (capim-elefante).
Scot Consultoria: Com as dietas de alto grão pode-se dizer que a silagem não tem vez em confinamentos de grande porte?
Antonio Sérgio de Oliveira: Não. Dados de pesquisa demonstram a grande perda de matéria seca ao utilizar grão inteiro seco, pela baixa digestibilidade e eficiência ruminal.
O uso correto de alto grão se justifica quando se utiliza silagem de grão úmido, em função do menor custo, por poder retirar o grão mais cedo da lavoura, liberando área para outros plantios, reduzir a perda da colheita e a menor exposição do grão no campo, menores danos mecânicos no grão, consequentemente menor contaminação por fungos e micotoxinas.