Nesta quarta-feira, a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu fez mais uma palestra sobre o Projeto Biomas na COP 16, a Conferência das Partes (COP-16) da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), que acontece até 10 de dezembro, em Cancún, no México.
Após apresentar o vídeo sobre o Projeto Biomas, Kátia Abreu reforçou a importância da participação dos produtores nessa solução que vai unir, ainda mais, produção de alimentos e preservação do meio ambiente. "O projeto Biomas está estudando os seis biomas brasileiros. A partir do estudo, que deve durar cerca de 9 anos, serão feitas vitrines tecnológicas que servirão de modelo aos produtores rurais. Cada bioma terá a sua vitrine. É a democratização da ciência. Todos os produtores rurais brasileiros terão acesso", conta.
Em sua apresentação, a presidente da CNA se mostrou otimista com as condições do Brasil e deixou claro que o setor agropecuário quer amenizar os impactos negativos sobre o meio ambiente. "O governo brasileiro assumiu algumas metas e essas metas não nos assustam. Mudança climática não é problema, mas uma oportunidade para os produtores. A redução do desmatamento no Brasil está acelerada, e os dados não são dos agricultores, mas dos órgãos governamentais. Quando eu digo que o aquecimento é uma oportunidade é porque nós queremos melhorar as formas de produção, mas precisamos de recursos", salienta.
A presidente da CNA disse ainda que o Brasil é o único país que realiza o plantio direto. Esse tipo de plantio possibilita aumentar a produtividade da lavoura e a vida útil das máquinas, reduzirem os gastos com combustível, melhorar a eficiência dos fertilizantes e proteger o meio ambiente. "Nosso plantio direto é único no mundo. A safra seguinte é plantada em cima da safra anterior".
Demonstrou preocupação com a quantidade e qualidade da produção de alimentos no Brasil. "Mais de um milhão de pessoas passam fome no mundo. Precisamos fazer com que o nosso país, que tem a maior área para aumentar a produção, faça de maneira correta. Se o Brasil produzisse com as técnicas do passado, teria que aumentar muito o desmatamento. Graças à ciência, à Embrapa, aumentamos muito a produção, reduzindo o desmatamento", concluiu.
Fonte: CNA. 8 de dezembro de 2010.