Scot Consultoria
www.scotconsultoria.com.br

Setor de celulose deve crescer entre 6% e 7% em 2011

Quinta-feira, 16 de dezembro de 2010 -09h38
A presidente executiva da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), Elizabeth de Carvalhaes, prevê que a produção brasileira do setor crescerá entre 6% e 7% em 2011, em linha com a projeção da entidade para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A expansão, caso venha a se confirmar, será superior ao avanço de 4,4% projetado para 2010, quando a produção nacional de papel e celulose deverá alcançar aproximadamente 23,7 milhões de toneladas. A produção do setor em 2009 alcançou 22,7 milhões de toneladas.

A executiva sinaliza que ambos os segmentos (papel e celulose) devem apresentar desempenhos semelhantes. Questionada sobre um potencial aumento da produção no segmento de celulose, mesmo sem a existência de planos de expansão da capacidade, Elizabeth indicou que o crescimento terá origem no aumento da taxa de utilização das indústrias. "O setor ainda não trabalha com a capacidade totalmente esgotada", afirmou ela, durante encontro com jornalistas realizado hoje.

O aumento previsto de 4,4% na produção brasileira do setor neste ano, com destaque para uma alta de 5,1% no segmento de celulose, contribuirá para que o Brasil se consolide na quarta posição do ranking mundial. "Os países que perderam posição para o Brasil, casos de Finlândia e Suécia, não devem nos ultrapassar", afirmou. Segundo levantamento da consultoria Risi, a produção de celulose brasileira em 2009 alcançou 13,7 milhões de toneladas.

Até 2020 a produção brasileira de celulose deverá crescer para 22 milhões de toneladas, projeta a Bracelpa. Com isso, o Brasil deverá superar também a China e se tornar o terceiro maior produtor mundial de celulose, perdendo apenas para os Estados Unidos e o Canadá. O aumento da produção de celulose no Brasil será resultado de investimentos totais de US$ 20 bilhões a US$ 22 bilhões do setor no período. A produção nacional de papel dentro de dez anos subirá das atuais 9,8 milhões de toneladas para 12,7 milhões de toneladas.

Preço

Elizabeth afirmou que o preço da celulose em 2011 deverá permanecer em patamares semelhantes ao atual. Qualquer alteração deverá ser discreta, afirmou ela, em discurso semelhante ao adotado pelos presidentes das principais fabricantes do setor. "O preço da celulose deve permanecer praticamente estável, talvez com leve queda", disse.

Fonte: O Estado de São Paulo. 15 de dezembro de 2010.