Com o surgimento da febre aftosa no Mato Grosso do Sul, em outubro de 2005, e com a crise gerada pelos embargos à exportação e proibição temporária de transportar animais vivos para outros Estados, as indústrias sul mato-grossenses foram obrigadas a decretar férias coletivas e a demitir funcionários.
Hoje, 6 meses depois do anúncio oficial do foco de aftosa, alguns frigoríficos iniciam a retomada dos abates. Até o momento, 1,5 mil funcionários voltaram à ativa.
Autoridades do Estado tentam, também, incentivar indústrias paulistas a reabrirem unidades instaladas no Mato Grosso do Sul. Essa seria outra forma de aquecer o mercado local.
O momento atual para a agricultura e pecuária não incita o ânimo. Hoje em dia o pecuarista precisa enfrentar inúmeros “vilões”:
- febre aftosa;
- queda nas exportações de frango, em decorrência da gripe aviária;
- altos custos de produção, em alguns casos acima do preço de venda;
- logística insuficiente e de baixa qualidade, onerando o transporte;
- concentração de forças em alguns setores, resultando em retenção da margem de lucro nas mãos de poucos;
- auxílio medíocre por parte do Governo;
- real valorizado frente ao dólar;
Deve-se ter otimismo frente a tantas mazelas. Entretanto esse otimismo tem que ser heróico. (LMA)