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Commodities Agrícolas

Terça-feira, 18 de janeiro de 2011 -09h58
Medidas chinesas - Os contratos futuros do açúcar encerraram o pregão de sexta-feira com a maior queda em quase uma semana na bolsa de Nova York, na esteira de novas medidas anti-inflacionárias adotadas pela China. O país asiático determinou, pela quarta vez em dois meses, que os bancos chineses elevem o volume de depósito compulsório. A decisão aumentou as especulações de que a demanda do país por matéria-prima arrefecerá. “Há pressão sobre as commodities por causa da China”, disse à Bloomberg Marius Sonnen, da Sonnen& Co. Em Nova York, os papéis para maio encerraram a 28,93 centavos de dólar por libra-peso, com queda de 92 pontos. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 50 quilos ficou em R$76,97, alta de 0,63%. No mês, a commodity valorizou 0,85%.

Realização de lucros - Os preços do café tiveram o segundo dia consecutivo de queda na bolsa de Nova York, na sexta-feira, depois de terem renovado a máxima em 13 anos. Os contratos com vencimento em maio terminaram o pregão a US$2,363 por libra-peso, em queda de 285 pontos. “Acredito que estamos vendo uma venda generalizada de commodities. O café está tentando encontrar um novo piso no curto prazo”, disse Sterling Smith, da Country Hedging à Dow Jones Newswires. Apesar de a Organização Internacional do Café (OIC) ter informado na semana passada que o abastecimento global crescerá 15% no ciclo 2010/11, os preços ainda seguem elevados na opinião de analistas. No Brasil, o indicador Cepea/ESALQ fechou a sexta-feira a R$438,28 por saca, queda de 1,05%.

Ainda os estoques - Os contratos futuros da soja fecharam sexta-feira com a maior alta em seis semanas na bolsa de Chicago, mais uma vez, pela percepção de que os estoques dos Estados Unidos estão diminuindo. O país é o maior produtor e exportador de soja do mundo. Segundo a Bloomberg, o Departamento de Agricultura americano (USDA) revisou para baixo sua estimativa de safra em 1,4%. O órgão informou ainda que os estoques do grão deverão cair para 4,2% da demanda dos EUA, considerando consumo doméstico e exportação. Com isso, os papéis com vencimento em março fecharam o dia a US$14,225 por bushel, com alta de 6,50 centavos de dólar. O indicador Cepea/ESALQ ficou em R$50,22 por saca, alta de 0,68%. No mês, a alta acumulada do indicador é de 2,32%.

Produção menor - Os preços futuros do milho atingiram, na sexta-feira, o maior patamar em 29 meses. Na bolsa de Chicago, os papéis para entrega em maio encerraram a US$6,58 por bushel, com alta de 6,50 centavos de dólar. Segundo o Departamento de Agricultura americano (USDA), a produção de milho no país recuou 4,9% no ano passado e deixará os estoques do cereal nos níveis mais baixos em 15 anos - até a chegada da próxima safra. “Os especuladores e consumidores finais estão querendo acumular posições compradas”, afirmou Ben Buckner, analista da AgResource, em entrevista à Bloomberg. No mercado doméstico, o indicador Esalq/ BM&FBovespa ficou em R$ 30,12, com alta diária de 0,7%. No mês, a commodity acumula uma variação positiva de 6,53%.

Fonte: Valor Econômico. 11 de janeiro de 2011.