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Scot Consultoria

CO2: a ciência sabe quase nada sobre o gás da vida


Segunda-feira, 29 de agosto de 2011 - 10h50

Recebi a sugestão de pauta abaixo, proveniente do CENA - Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/Esalq/USP), em que se pode constatar a confusão que se passa na cabeça de alguns cientistas a respeito da questão do CO2, apontado pelos biodesagradáveis como o mais perverso dos gases de efeito estufa (GEE), causador do "aquecimento planetário", que fará "derreter as calotas polares" e "subir o nível dos mares". E com isso ameaça a "sobrevivência da humanidade". Para que não digam que bato leviana e gratuitamente nas ciências, escrevi em nov/2009 sobre as confusões dos cientistas, internacionalmente, a esse respeito. Já iniciei a escrever meu próximo livro, que tem o título provisório de "CO2: a grande farsa do século XXI". Nele, vou colocar todas as contestações possíveis, numa linguagem objetiva e simples, sobre quem leva vantagem com essa história toda do aquecimento e da impossibilidade de o CO2 ser o responsável. Vou explicar, tim-tim por tim-tim, porque o CO2 não é um gás estufa, e sim um dos elementos básicos da vida (CHONSP), o alimento das plantas, da humanidade e da natureza. Vale a pena ler, por enquanto, o artigo CO2, a unanimidade da mídia é burra, de outubro de 2009. Terei a participação no livro, em capítulo específico, do climatologista e professor Luiz Carlos Molion, da Universidade Federal de Alagoas, que também contesta a afirmação do aquecimento. O professor Molion já confirmou por e-mail que participará da obra, escrevendo um capítulo sobre a sua área de especialidade. Outros parceiros estão sendo convidados, como Evaristo de Miranda, da Embrapa e Odo Primavesi, signatário do IPCC, e aguardo a posição deles a respeito. Ambos acreditam, de alguma forma, no aquecimento e nas mudanças climáticas, mas negam a responsabilidade direta do CO2, e apontam outras causas. Nesse aspecto, lembro que o livro é uma proposta de debate, e não um aplauso ao "pensamento único", como existe hoje por alguns cientistas e pela imprensa. Por enquanto, deixo aos leitores, a avant premiére da "sugestão de pauta do CENA", a qual mostra as dúvidas das ciências sobre a questão do CO2, o gás da vida. Sugestão de pauta do CENA: Pesquisadores do Cena estudam o desaparecimento do carbono da atmosfera. (os grifos em itálico e em azul são meus). Apesar das concentrações de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera estarem aumentando constantemente, principalmente em função da queima de combustíveis fósseis, a ciência ainda tem incertezas sobre as fontes e sumidouros deste gás no planeta. Na imensidão de seis milhões de quilômetros quadrados da Amazônia, por exemplo, estudos indicam que as florestas são as responsáveis. Porém, nos rios da região, as concentrações também são muito elevadas. Diversas instituições de pesquisas do mundo tentam compreender este contexto, analisando a origem do gás e quanto dele vaga para a atmosfera. Os pesquisadores Alex Krusche, Maria Victoria Ballester e Reynaldo Victória, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena/USP), trabalham no monitoramento de 17 pontos de coleta, distribuídos nos mais variados tipos e tamanhos de rios, e angariam informações para tentar responder estas perguntas. “Até meados de 2000, a ideia comum era de que os rios atuavam no ciclo global do carbono apenas transportando este elemento para os oceanos, na forma de carbonatos e partículas orgânicas. A partir de estudos realizados pelo nosso grupo de pesquisadores, assimilando evidências de outros, a importância da emissão de CO2 destes ambientes para a atmosfera assumiu papel de destaque. O rio Amazonas, por exemplo, lança 13 vezes mais carbono na atmosfera na forma de CO2 do que despeja no oceano em todas as outras formas” , conta Alex Krusche, que lidera a equipe de cientistas do Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA). A origem exata de tanto CO2 no rio Amazonas é algo ainda pouco compreendido pela ciência, mas, como as concentrações são muito elevadas, ocorre um processo natural de trocas entre a água e o ar. “De maneira simplificada, é o mesmo que ocorre com uma água mineral com gás. Quando abrimos, logo surgem bolhas de CO2 saindo da água, pois tem muito mais deste gás dentro da garrafa do que no ar. Se deixarmos aberta por tempo suficiente chegará um momento em que as concentrações estarão em equilíbrio, ou seja, não vemos mais as bolhas. Quem esquece um copo de água com gás na mesa e vai beber depois percebe bem isto”, explica. Na natureza, o que acontece é muito parecido. “Já medimos concentrações de CO2 nas águas do rio Solimões (um importante afluente do Amazonas) de oito mil partes por milhão (ppm), enquanto que há apenas cerca de 400 ppm no ar. Em alguns rios de cabeceira que drenam solos arenosos, observamos concentrações na água ainda maiores. Esse desequilíbrio faz com que saia mais CO2 da água do que entre, como o gás do refrigerante que se dissipa quando sai do recipiente” , define. Observe a figura 1. Figura 1. Instrumental instalado às margens do rio Araguaia e barco com a equipe de pesquisa ao fundo. “Medir com exatidão todos os fluxos de CO2 em uma área do tamanho da Bacia Amazônica é algo bastante complexo, mas o exercício de tentar fazê-lo serve para entender um pouco mais sobre o papel desta região no ciclo global de um elemento tão fundamental para o homem como o carbono” , conclui.
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