A soja ocupou até o ano passado apenas 0,41% das áreas desmatadas no bioma amazônico desde 2006, segundo o relatório do quinto ano da Moratória da Soja, divulgado nesta quarta-feira (5). A moratória é um acordo entre as indústrias e exportadoras de soja e organizações não governamentais (ONGs) para que não sejam adquiridos grãos produzidos no bioma amazônico depois de 2006.
A partir da análise de imagens de satélite do sistema Prodes, que monitora o desmatamento, a moratória da soja identifica áreas potencialmente ocupadas com soja. Depois, essas áreas são sobrevoadas e visitadas por terra, para se constatar se o plantio é mesmo de soja.
Na última safra, apenas 18.410 hectares de soja foram identificados dentre os 3,47 milhões de hectares desmatados nos estados de Mato Grosso, Pará e Rondônia. Isso significa que apenas 0,53% da área desmatada nos últimos cinco anos foi ocupada pela soja. Considerando que em toda a Amazônia (bioma) foram 4,51 milhões de hectares desmatados, a área de soja representa 0,41% do total. Os 58 municípios monitorados nos três estados citados representam 98% da área plantada com soja na Amazônia, segundo a moratória.
O relatório é assinado pelo coordenador técnico do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Bernardo Rudorff, pela diretora da empresa de sensoriamento remoto Geoambiente, Izabel Cecarelli, e pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Carlo Lovatelli.
Além da Abiove, participam da moratória a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Ministério do Meio Ambiente, o Banco do Brasil e as organizações Conservação Internacional, Greenpeace, IPAM, TNC e WWF-Brasil.
Fonte: Souagro.com. Pela Redação. 12 de dezembro de 2012.
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