Adotar até 2015 um preço internacional de pelo menos US$32,00 (EUR 24) por tonelada de carbono (t CO2) seria necessário para conter de forma eficaz o aquecimento global, estimou um estudo publicado no dia 16/6, embora a cifra corresponda a cinco vezes a taxa cobrada no mercado europeu.
A pesquisa, que tem entre os autores o economista britânico Nicholas Stern, uma autoridade em custos das mudanças climáticas, revisou um modelo amplamente usado para avaliar o risco e descobriu que ele levou a um "enorme subavaliação" do risco.
Isto aumenta a necessidade de fortes cortes nas emissões de gases-estufa, impulsionada por um preço de carbono "entre US$32,00 e US$103,00 por tonelada de CO2 em 2015".
"No prazo de duas décadas, o preço do carbono deveria aumentar em termos reais para US$82,00 a US$260,00/t CO2", acrescentou.
Esta cifra deveria limitar a concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera a 425 a 500 partículas por milhão, nível exigido para conter o aquecimento global entre 1,5 e 2ºC.
Participou, ainda, do estudo, um colega de Stern, Simon Dietz, do Instituto de Pesquisas Grantham sobre Mudanças Climáticas e Meio Ambiente.
O documento foi publicado um dia depois do encerramento das negociações da ONU, em Bonn (Alemanha), sobre um acordo para conter as emissões de gases-estufa. Espera-se que o pacto seja assinado em dezembro de 2015, em Paris.
Fonte: G1. 18 de junho de 2014.
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