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Comissão de Mudanças Climáticas aprova relatório e foca na agricultura de baixo carbono


Quinta-feira, 18 de dezembro de 2014 - 16h35

Na última reunião da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas, que aconteceu na última terça-feira (16/12), foi aprovado o relatório dos estudos relacionados ao tema durante 2014. Entre os destaques estava o potencial da agricultura na redução das emissões de gás carbono no Brasil.

O programa do governo federal para agricultura de baixo carbono, conhecido como Plano ABC, foi lembrado de forma positiva, mas a comissão entende que é necessário expandir sua atuação, levando mais assistência técnica a produtores, promovendo financiamentos facilitados e simplificando o sistema de crédito.

Para o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), um dos relatores, a tarefa da comissão para 2015 é seguir de perto da gestão do programa. "A agricultura é um dos setores com maior potencial de mitigação, e é fundamental que a comissão acompanhe e incentive a disseminação do Plano ABC", ressaltou.

No seu texto, Raupp também reafirma a necessidade de mudanças no sistema energético nacional, com estímulo a fontes renováveis. Citou também o aprimoramento do uso do solo, tanto nas áreas rurais como nas urbanas.

"Moeda do clima"

O texto aprovado faz referência à ideia de criar um ativo financeiro que reconheça o valor socioeconômico da redução de emissões de carbono. Países que conseguirem alcançar as metas propostas, ganhariam uma "moeda do clima". "Ela seria utilizada para adquirir produtos, serviços e tecnologias certificados para reduzir emissões, gerando um círculo virtuoso no fortalecimento de uma economia de baixo carbono", explicou Raupp.

O presidente da comissão, o deputado Alfredo Sirkis (PSB-RJ), idealizador do modelo, argumentou que a adoção dessa medida colocaria o Brasil na vanguarda da questão climática global. Também sugeriu a criação de um imposto ambiental sobre as emissões. "É necessário taxar o carbono. Mas é preciso que essa taxação seja compensada pela redução de outros tributos, incidentes sobre o trabalho e o investimento, que são social e ambientalmente regressivos".

Fonte: Globo Rural. 17 de dezembro de 2014.


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