Entre novembro de 2014 e janeiro de 2015, a Amazônia teve 219 km² de florestas completamente devastadas, de acordo com dados oficiais medidos pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Além do corte raso, o Inpe também detectou, no mesmo período, cerca de 70 km² de floresta degradadas - isto é, áreas em que a mata não foi inteiramente suprimida, mas foi comprometida pelo fogo ou pela exploração parcial.
Com isso, o total de áreas com alterações florestais neste trimestre chega a 291 km² - um aumento de cerca de 5% em relação ao período que vai de novembro de 2013 a janeiro de 2014. Em novembro de 2014, foram estimados 76,7km² de áreas alteradas. Em dezembro, a estimativa foi de 85,4km². Em janeiro de 2015, 129,3 km² sofreram corte raso ou degradação.
De acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) - que realiza um monitoramento não oficial operado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) -, a alteração florestal teria atingido 281km² em novembro de 2014, cerca de 205 km² em dezembro daquele ano e 677 km² em janeiro de 2015. Com isso, o desmatamento total e a degradação teriam somado 1163km² neste trimestre - um aumento de 326% em relação ao mesmo período um ano antes.
Segundo o SAD, as áreas completamente devastadas entre novembro de 2014 e janeiro de 2015 foram de 578 km² - estimativa mais de duas vezes e meia maior que a do Inpe, de 219 km². O SAD utiliza imagens do mesmo sensor e do mesmo satélite empregados pelo Deter, mas faz os cálculos com metodologia diferente.
Fonte: Revista Globo Rural. 3 de março de 2015.
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