O desmatamento da Amazônia legal foi 195% maior em março de 2015 em comparação ao número registrado no mesmo mês em 2014. De acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), foram desmatados 58 quilômetros quadrados ante a 20 quilômetros quadrados no ano passado. As áreas se concentraram principalmente no Mato Grosso, com 76%, e no Amazonas, com 13%. A menor ocorrência foi nos estados de Rondônia (8%), Tocantins (2%) e Pará (1%).
O desmatamento acumulado no período de agosto de 2014 a março de 2015, que corresponde aos oito primeiros meses do calendário oficial de medição de áreas desmatadas, atingiu 1.761 quilômetros quadrados. O número é 214% superior ao medido no período anterior, entre agosto de 2013 a março de 2014, que foi de 560 quilômetros quadrados. Até o momento o Mato Grosso lidera o ranking com 36% do total desmatado no período. Em seguida aparece Pará, com 25%, e Rondônia, com 20%.
Os números também apontam que a maioria do desmatamento em março ocorreu em áreas privadas, com 86%. Assentamentos de Reforma Agrária correspondem a 9%, e Unidades de Conservação, 5%. No caso das terras indígenas, não houve detecção de áreas desmatadas.
O SAD também registrou 15 quilômetros quadrados de florestas degradadas, que são intensamente exploradas pela atividade madeireira e queimadas, frente a 5 quilômetros quadrados registrados em março de 2014. Do total, 97% ocorreu no Mato Grosso, seguido pelo Amazonas, com 3%.
Neste levantamento foi possível monitorar 47% da área florestal na Amazônia Legal. Os outros 53% do território florestal estavam cobertos por nuvens, o que dificultou a detecção do desmatamento e da degradação florestal. Desta forma, os dados apresentados podem ter variações.
Fonte: Globo Rural. 23 de abril de 2015.