O ESG corresponde a práticas ambientais (E), sociais (S) e de governança (G), considerando os termos em inglês, de uma organização. As práticas estão relacionadas às mudanças climáticas, sustentabilidade e questões financeiras.
Algumas destas práticas são: boi carbono neutro e o crédito de carbono.
Os critérios ESG estão relacionados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), elaborados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que visam criar cidades inclusivas, sustentáveis e justas. Seus principais objetivos são a erradicação da pobreza, fome zero, agricultura sustentável, saúde, bem-estar, educação de qualidade, igualdade de gênero, acesso à água potável, saneamento, energia limpa e acessível, trabalho decente, crescimento econômico, redução da desigualdade em cidades e comunidades sustentáveis.
A formalização do ESG teve início em 2004, no qual, dois anos depois, a ONU lançou seus “Princípios para o Investimento Responsável”, uma estrutura para incorporar questões ESG aos investimentos em diferentes elos das cadeias de produção.
O ESG no agronegócio engloba práticas que promovem a sustentabilidade ambiental, melhoram as condições sociais e fortalecem as estruturas de governança nas operações agrícolas. No âmbito ambiental, há um compromisso crescente com o uso racional de recursos naturais, manejo sustentável do solo, controle de defensivos, redução do desmatamento e gestão eficiente de resíduos, tudo com o objetivo de minimizar os impactos negativos no ecossistema.
Na dimensão social, as práticas ESG buscam promover a segurança e saúde dos trabalhadores agrícolas, valorizar a mão de obra e capacitar as comunidades locais. A governança, por sua vez, deve sustentar a transparência na gestão, ética nos negócios, combate à corrupção e estabelecimento de protocolos de segurança, criando bases sólidas para uma gestão responsável.
- Uso racional de recursos naturais;
- Manejo adequado do solo;
- Controle no uso de defensivos;
- Redução de desmatamento;
- Gestão de resíduos;
- Redução dos GEEs (gases de efeito estufa).
- Promover segurança e saúde dos trabalhadores;
- Valorização da mão de obra;
- Capacitação de moradores da comunidade;
- Transparência na gestão de empresas;
- Ética nos negócios;
- Combate a corrupção;
- Estabelecimentos de protocolos de segurança.
O agronegócio é responsável por 27 % do PIB brasileiro e por garantir a segurança alimentar.
O atual contexto do agronegócio brasileiro destaca uma mudança substantiva em direção à integração das práticas ESG, e os resultados tangíveis são evidentes, tanto nos ganhos operacionais quanto na eficácia ambiental e social.
No âmbito ambiental, a otimização dos recursos naturais, a gestão criteriosa do solo e a redução de emissões de gases de efeito estufa não apenas cumprem as expectativas regulatórias, mas também fortalecem a viabilidade a longo prazo das operações agrícolas. A incorporação de práticas de manejo sustentável não só atende à necessidade de mitigação de impactos, mas posiciona as empresas na vanguarda da sustentabilidade, oferecendo vantagens competitivas significativas.
A dimensão social não é menos crítica, com um foco renovado na saúde e segurança dos trabalhadores, além da capacitação das comunidades locais. A valorização da mão de obra e o investimento em iniciativas de capacitação promovem um ambiente de trabalho mais saudável e contribuem para a construção de relacionamentos sustentáveis entre comunidades.
Por fim, a governança, marcada pela transparência nas operações, ética nos negócios e o estabelecimento de protocolos sólidos, não é apenas uma formalidade regulatória. Ela se torna um alicerce que sustenta a confiança dos stakeholders e cria um ambiente propício para investimentos sustentáveis.
O impacto financeiro e estratégico do ESG no agronegócio está se tornando cada vez mais visível. O agronegócio, setor que desempenha um papel fundamental na economia nacional, ao adotar essas práticas, não só se alinha com as expectativas sociais e regulatórias, mas também se posiciona como um líder de mercado, capaz de enfrentar os desafios futuros de forma proativa, construindo um futuro mais sustentável e resiliente e “colocando dinheiro onde ele precisa estar”.
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