Valorização em SP - O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos (IqPR) pelos agricultores de São Paulo aumentou 2,79% na segunda quadrissemana de março, 0,26 ponto percentual acima da primeira semana do mês. Segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura do Estado, o índice de preços dos produtos de origem vegetal subiu 2,77%, enquanto os produtos de origem animal avançaram 2,84%. As maiores altas ficaram por conta da laranja para mesa (18,49%), tomate para mesa (17,64%), café (14,03%), ovos (13,26%), carne de frango (7,28%), milho (4,58%) e feijão (3,20%). Segundo os pesquisadores do IEA, a alta da laranja reflete a demanda do período de verão, quando cresce o consumo de sucos. No caso do tomate, a demanda aquecida e a safra menor deram a sustentação aos preços.
Novos ganhos - Os contratos futuros do café subiram ontem pelo quarto pregão consecutivo no mercado americano. De acordo com analistas ouvidos pela Bloomberg, as especulações sobre as condições climáticas ruins no Brasil, que podem afetar a safra atual, nortearam o humor do mercado. Na bolsa de Nova York, os papéis com vencimento em maio encerraram o dia a US$2,77 por libra-peso, com alta de 80 pontos. “Um mês de fevereiro estranhamente seco inibiu o desenvolvimento do café no país, além da incidência de fungos em regiões produtoras”, disse a consultoria alemã F.O. Licht, em uma entrevista à agência. No mercado doméstico, o indicador Cepea/ESALQ para a saca de 60 quilos de café ficou em R$530,29, com alta de 0,04%. No mês, a commodity acumula valorização de 1,24%.
Indefinição política - Os contratos futuros de cacau reverteram a queda do pregão de sexta e fecharam em alta ontem diante de novas especulações de que a turbulência política da Costa do Marfim afetará o escoamento da commodity no mercado internacional. O país africano é o maior produtor mundial de cacau. Segundo a Bloomberg, centenas de pessoas se reuniram ontem diante do quartel-general das Forças Armadas do país depois que o ex-presidente Laurent Gbagbo convocou a população para lutar a seu favor. A situação fez os contratos para entrega em julho encerrarem a US$3.189 por tonelada, em Nova York, alta de US$58. Em Ilhéus e Itabuna, o preço médio da arroba ficou em R$82, segundo a Central Nacional dos Produtores de Cacau.
Ainda em baixa - Os contratos futuros de suco de laranja concentrado encerraram ontem em queda na bolsa americana. Em Nova York, os papéis com vencimento em julho encerraram o dia a US$1,5690 por libra-peso, com queda diária de 485 pontos. Desde o dia 10 de março, esse é o sétimo em oito pregões em que os contratos do suco de laranja fecham em queda. Segundo analistas de mercado ouvidos pela Bloomberg, o movimento está relacionado ao fato de o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) ter elevado a sua estimativa de produção de Flórida, o segundo maior produtor de laranjas do mundo depois do Brasil. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para a caixa com 40,8 quilos da laranja à indústria paulista ficou em R$15,00, mesmo valor de sexta-feira.
Fonte: Valor Econômico. 22 de março de 2011.