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Scot Consultoria

Especialistas discutem situação dos portos


Segunda-feira, 2 de maio de 2011 - 09h40

O consultor de Logística e Infraestrutura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Antonio Fayet, foi um dos palestrantes do I Seminário Portos no Brasil e no Maranhão, que aconteceu nesta quinta-feira (28/4), em São Luís. Durante sua exposição, ele afirmou que a tendência do Brasil é de se tornar o principal produtor mundial de produção e exportação de grãos. No entanto, ressaltou, para conseguir atender a demanda do mercado mundial e interno, o País precisa resolver os gargalos logísticos com mais investimentos no setor portuário. Segundo dados apresentados por ele no evento, são necessários investimentos da ordem de R$30 bilhões nos portos brasileiros nos próximos anos, mas o governo tem apenas pouco mais de R$2 bilhões. Fayet defendeu também mais investimentos em infraestrutura para escoar a produção e exportar mais, com maior participação do setor privado. “É ponto crucial para garantir o escoamento através do sistema portuário, totalmente deficiente”, afirmou. Na sua avaliação, não faltará dinheiro para investir no Brasil, uma vez que o País é dono de um gigantesco estoque de terras prontas para serem cultivadas, o que sempre despertará o interesse dos países consumidores. Ele falou, ainda, da necessidade de redução de tributos e da implantação de políticas que reduzam a burocracia no poder público. O seminário foi promovido pela Assembléia Legislativa do Maranhão e reuniu cerca de 300 autoridades e lideranças empresariais para discutir o desenvolvimento do comércio marítimo regional e nacional. Entre os presentes, o ministro dos Portos, José Leônidas Cristino, o vice-governador do Maranhão, Washington Oliveira, e o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Luiz Carlos Fossati. Também acompanharam o evento o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando Fialho, o vice-presidente da CNA, José Ramos Torres de Melo Filho, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão (Faema), José Hilton de Sousa, e o superintendente regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/MA), Luís Figueiredo. Os debates foram coordenados pelo deputado estadual Stênio Rezende (PMDB). Tegram - A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) aprovou o edital de licitação para implantação do Terminal de Grãos do Porto do Itaqui (Tegram), no Maranhão. A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) será a responsável por dar continuidade ao processo licitatório. Além disso, a instituição deverá encaminhar o edital para a análise do Tribunal de Contas da União (TCU). O Tegram tem previsão para entrar em funcionamento em 2013. O edital prevê o arrendamento de quatro lotes de armazenagem, operados individualmente por cada arrendatário, de um sistema de recepção ferroviária e de um sistema de expedição. A área total do Tegram será de 119.324 m² para os lotes de armazenagem e de 41.982 m² para os sistemas de recepção ferroviária e de expedição. Cada um dos lotes possui uma área individual de 22.550 m² e participação igualitária em uma área de 29.124 m², de uso comum. Desse modo, cada um dos lotes contará com uma área total a ser arrendada de 40.327m². Etapas - A implantação do Tegram será feita em duas fases. Na primeira, a expectativa é de que sejam movimentadas cinco milhões de toneladas por ano. A segunda etapa deverá ser implantada no sétimo ano do arrendamento. A meta é que até 2024 o terminal movimente 10 milhões de toneladas/ano. A soja será o principal item das operações. Os investimentos totais para a primeira fase de implantação serão de R$245.941.991,00. Na segunda etapa, esse valor é de R$76.539.396,00. “O Tegram é uma infra-estrutura que há muito tempo o Maranhão espera. As regiões produtoras do sul do Maranhão, do Piauí e do Pará se beneficiarão com o terminal. O Tegram contribuirá para a logística do Maranhão e do país", destacou Fialho. A projeção de movimentação do Tegram considera que a região de influência do Porto do Itaqui será ampliada devido à consolidação dos projetos da Ferrovia Norte-Sul, Ferrovia de Integração do Centro-Oeste e a finalização da pavimentação da BR-163. Com essas obras, espera-se que grande parte da produção do Mato Grosso e de Goiás passe a ser exportada pelo Porto do Itaqui, que deverá transportar 15% da produção nacional de soja nos próximos cinco anos. No ano passado, o Complexo Portuário de São Luís (Itaqui, Vale e Alumar) movimentou mais de 117 milhões de toneladas, sendo 12,6 no Itaqui. A expectativa é de que, com o Tegram em pleno funcionamento e a construção de um novo berço, de número 108, em 10 anos esse número atinja a cifra de 30 milhões de toneladas. Fonte: Canal do Produtor. 29 de abril de 2011.
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