Ações de frigoríficos recuam com exportação menor

As ações de Marfrig, Minerva e JBS recuam na tarde desta terça-feira (3/5). O movimento acentuado no sentido negativo esté ligado à queda nas exportações de carne. Rumores no mercado atingem Marfrig. A Secretaria do Comércio Exterior (Secex) divulgou seus dados sobre as exportações brasileiras de commodities referentes ao mês de abril e os volumes referentes às carnes bovina e de frango foram impactados pelos altos preços. As vendas de carne bovina apresentaram queda de 15,7% em comparação com março, enquanto que em relação a abril do ano passado o recuo foi de 14,4%. Já o volume de vendas de carne de frango apresentou queda de 7,3% em relação a março e foi 3,7% superior a abril de 2010. Apenas a carne suína registrou alta em abril em relação a março, de 18,2%. Mas em comparação a abril do ano passado, a queda foi de 1,3%. A trajetória dos preços foi inversamente proporcional. As carnes de frango, bovina e suína apresentaram variações de 2,9%, 2,7% e 5,7%, respectivamente, comparado a março de 2011. Comparando-se a abril do ano anterior, os preços encontram-se em patamares 22,8%, 32,5% e 9,7% superiores, nesta ordem. De acordo com Mariana Marcolin Peringer, analista do BB Investimentos, a queda na comercialização das carnes se deve aos custos mais elevados, o que impacta na receita em dólares das companhias do setor. "Além disso, a contínua desvalorização do câmbio permanece no cenário, trazendo um impacto direto nas receitas das empresas exportadoras - resultando em menores receitas em reais na hora em que o faturamento é internalizado", explica Mariana. A analista estima menores receitas em reais para os exportadores de carne bovina e de frango na ordem de 18,6% e 9,8%. Ações do setor pesam com dados. A queda nas exportações juntamente com o cenário desfavorável no pregão de hoje puxam as ações do segmento para o campo negativo. As ações da JBS (JBSS3) perdiam 0,38%, ao passo que as do Minerva (BEEF3) depreciavam 2,54%. Os papéis da Marfrig pesam ainda mais e registram baixa de 3,20%. Rumores no mercado apontam que a gestora de fundos GWI — famosa por operações alavancadas - teria alavancado os papéis da empresa se posicionando a termo. "Em uma posição a termo, uma hora o investidor tem que sair, e o mercado recuando vira pretexto para se desfazer da posição", afirma um analista que preferiu não de identificar. Os ativos registram queda de 9,89% na semana e de 5,21% no ano. Fonte: Brasil Econômico. Por Weruska Goeking. 3 de maio de 2011.
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