Nos quatro primeiros meses deste ano, o Brasil deixou de exportar 2.500 máquinas agrícolas para a Argentina, segundo informou Milton Rego, vice-presidente da Anfavea.
A declaração foi dada nesta quarta-feira (4/5) durante o evento Agrishow 2011, em Ribeirão Preto.
Cerca de 1.700 tratores e 800 colheitadeiras deixaram de ser vendidos por conta de barreira imposta pelo país vizinho, que descumpre um acordo no setor automotivo.
Com isso, em torno de US$245 milhões deixaram de entrar no país neste ano, tendo em vista que o preço médio de um trator é US$50 mil e de uma colheitadeira, US$200 mil.
Mesmo que a Argentina volte a obedecer esse acordo, Rego prevê queda de 5% a 10% nas exportações totais de máquinas agrícolas brasileiras. No entanto, as exportações podem ter redução de 30% caso o país vizinho insista em barrar a entrada das máquinas.
A Anfavea está trabalhando em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Itamaraty para resolver a situação, mas não obteve resposta concreta do governo argentino, que se compromete com a liberação quando sua balança comercial estiver positiva.
"Essa busca da Argentina pela autossuficiência na produção de máquinas agrícolas é legítima, mas o país não pode rasgar um contrato automotivo", disse Rego.
Fonte: Brasil Econômico. Por Priscila Machado. 4 de maio de 2011.
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