Movimento técnico. Os futuros de café arábica subiram ontem na bolsa de Nova York, após registrar queda em pregões anteriores, devido, em grande parte, ao movimento técnico do mercado. Os contratos para setembro encerraram o dia a 270,50 centavos de dólar por libra-peso, em forte valorização de 215 pontos.
Segundo disse à agência Dow Jones Newswires, Drew Geraghty, da ICAP Futures, o mercado não viu nenhum sinal de que a baixa registrada anteriormente continuaria.
Ontem, a Organização Internacional do Café divulgou que a produção mundial da commodity para 2011/12 será de 130 milhões de sacas. A maior parte dos países produtores iniciam a safra em outubro. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq encerrou a R$528,25 a saca, alta de 0,65%.
Dólar fraco. O enfraquecimento do dólar ontem afetou também as cotações do suco de laranja. Os futuros da commodity com vencimento em setembro encerraram o pregão de segunda-feira na bolsa de Nova York valendo 179,60 centavos de dólar por libra-peso, retração de 120 pontos. De acordo com analistas ouvidos pela agência Dow Jones Newswires, o recuo do dólar no mercado, que afetou todas as outras soft commodities, também atingiu o suco, mas em movimentos exagerados. Segundo os mesmos analistas, há um limite de preços que o suco não tem ultrapassado. A razão é que as condições meteorológicas na região da Flórida, grande produtora de laranja, não são prejudiciais atualmente. No mercado interno, a laranja pera in natura foi cotada a R$12,21, queda de 1,21%, segundo o Cepea/Esalq.
Efeito milho. A retração nas cotações do milho também ajudou no recuo dos futuros de trigo nas bolsas americanas. Os papéis com vencimento em setembro encerraram o dia valendo US$7,76 o bushel em Chicago, queda de 9,75 centavos de dólar. Em Kansas, onde se produz o trigo de melhor qualidade nos Estados Unidos, o recuo do mesmo vencimento foi de 17 centavos de dólar, com o bushel a US$8,69. Conforme analistas ouvidos pela agência Bloomberg, o movimento se deveu a apostas do mercado de que as demanda pelo grão oriunda de ração animal vai declinar por causa da queda dos preços do milho, o principal grão usado para este fim. No mercado do Paraná, a saca de 60 quilos do cereal fechou ontem a R$26,79, queda de 0,70% no dia, segundo o Deral/Seab.
Nova alta em SP. O IqPR, índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários de São Paulo pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) - vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado - encerrou a primeira quadrissemana de junho com variação positiva de 7,92%. Foi a quinta alta seguida do indicador, mas antes da pequena baixa de 0,61% verificada na quarta quadrissemana de abril houve uma impressionante sequência de 33 valorizações consecutivas. Como os últimos saltos, o do início de junho foi puxado pelo grupo de produtos de origem vegetal. Este subiu, em média, 7,92%, com influências decisivas dos ganhos dos produtores de cana (24,11%), feijão (19%) e tomate para mesa (46,98%). O grupo de produtos de origem animal registrou queda de 5,22%.
Fonte: Valor Online. Por redação. 14 de junho de 2011.