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Recuperação de áreas degradas em MS custariam R$8,1 bilhões, estima Embrapa


Segunda-feira, 11 de julho de 2011 - 09h12

Para Mato Grosso do Sul se manter como um dos expoentes na produo agropecuria necessrio recuperar os 9 milhes de hectares de reas degradadas no Estado. Para isso seriam necessrios pelo menos R$ 8,1 bilhes reais. Essa informao foi repassada pelo diretor geral da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria) Gado de Corte, Cleber Soares, durante uma reunio na manh com deputados e senadores do Estado para mostrar a importncia das pesquisas feitas pela empresa. Cleber explicou que Mato Grosso do Sul tem 35 milhes de hectares para produo agropecuria, mas so utilizados somente 18 milhes, sendo que metade disso so reas degradas com baixa produtividade. De acordo com as estimativas realizadas pela Embrapa at 2020, com os 9 milhes de hectares degradados recuperados, seria possvel aumentar a produo da cana-de-acar em pelo menos 114%, 192% de florestas plantadas, fora outras atividades econmicas. Mato Grosso do Sul teria a produtividade de dois Estados ressaltou o pesquisador. Os custos para recuperao das reas degradas no Estado custaria cerca de R$900 com uma baixa tecnologia, R$1400 com mdia e R$1800 com alta tecnologia. No meio da explanao do pesquisador da Embrapa, o senador Waldemir Moka (PMDB), questionou se o preo para abrir novas reas produtivas, no seriam mais baratas do que a recuperao das reas degradas. A resposta foi que variava de R$800 o hectare para mais dependendo da rea. Moka alegou que ainda caro recuperar as reas degradas e que necessrio uma linha de financiamento com juros reais abaixo do praticado no mercado, para que o produtor pense em recuperar ao invs de abrir novas reas. Durante a apresentao dos investimentos do programa intitulado com PAC Embrapa, foram apresentados outros projetos e dados das trs unidades da Embrapa no Estado. Dos 220 milhes de hectares de pastagens no pas, 70% so pastagens cultivadas. A Embrapa Gado de Corte responsvel pelas sementes de pastagens de 80% das folhagens cultivadas nos pastos brasileiros. A empresa estima que para cada R$1 investido em pesquisa na Embrapa so contabilizados outros R$9,35 em retorno para populao e produtores rurais. A Embrapa Gado de Corte por exemplo responsvel 45% da rentabilidade da empresa, o que significa algo em torno de R$8,1 bilhes. Em Campo Grande ser implantado o primeiro laboratrio biolgico de segurana mxima no pas. Ele ser o nico com capacidade para isolar um possvel vrus e estud-lo sem perigo de contaminao. Outro laboratrio ser o analisar a qualidade da carne. A empresa tambm tem pesquisas na rea de sanidade animal e outras propostas de pesquisas. Na Embrapa Pantanal, foram mostrados os projetos para monitorar as cheias e poder avisar a populao ribeirinha e os produtores rurais, tecnologias para produo do cavalo pantaneiro, indicadores sociais e financeiros da regio, alm de estudos sobre recursos hdricos, agricultura familiar e mudanas climticas. Entre os projetos mais interessantes, destacou-se o que estuda os camalotes pantaneiros como fonte para usinas de bioenergia e a domesticao de plantas para uso medicinais como a Pfaffia glomerata, conhecida como o Ginseng do Pantanal e planta N de Cachorro que j tem o uso medicinal estudado pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Pela Embrapa Agropecuria Oeste, de Dourados foi apresentado os trabalhos do consrcio do milho safrinha e da braquiria, controle de pragas, e plantaes integradas com lavouras/pecuria/florestas. Fonte: Campo Grande News. Por talo Milhomem. 8 de julho de 2011.
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