A BRF Brasil Foods, empresa originária da fusão de Sadia e Perdigão, comunicou nesta quinta-feira (11/8) que registrou um lucro líquido de R$498 milhões no segundo trimestre do ano.
A cifra corresponde a um salto de 190% se considerado o resultado do mesmo período em 2010. No acumulado do primeiro semestre, o montante foi 279% maior e somou R$881 milhões.
"A BRF continuou a demonstrar boa performance operacional, sendo beneficada também pela captura de sinergias, a despeito do ciclo altista das commodities agrícolas e valorização do real", explica a empresa no informe do balanço.
A receita líquida da Brasil Foods alcançou R$6,294 bilhões no segundo trimestre, ficando 14% acima do apurado em igual intervalo em 2010.
No mercado interno, a melhoria no desempenho refletiu principalmente os produtos processados, cujas vendas cresceram 17,2%.
No caso das exportações, a companhia notou boa demanda em mercados como o Extremo Oriente, Europa e Oriente Médio, que permitiram a retomada de margens.
A geração operacional de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$786 milhões, uma alta de 28%.
Segundo a empresa, o número reflete o desempenho dos mercados e a incorporação de sinergias, embora os custos de grãos permanecessem pressionando o trimestre.
Perspectivas
A BRF reforça suas metas de crescimento para o ano, traçando uma expansão entre 10% a 12% nas receitas líquidas em relação ao ano anterior, além de investimentos previstos de cerca de R$1,6 bilhão a R$1,8 bilhão.
A empresa anunciou, inclusive, investimentos em torno de US$120 milhões para a construção de uma nova fábrica de processados no Oriente Médio.
A planta terá capacidade de produção de cerca de 80 mil toneladas por ano, quando estiver operando a plena carga. O início das operações está previsto para o final de 2012.
A região é estratégica no processo de internacionalização da BRF. A produção local de processados trará flexibilidade à companhia que poderá avançar no varejo e no food service e aumentar margem.
"A solução do processo no Cade destravou os novos investimentos, que aproveitaram o câmbio favorável", afirmou Luiz Fernando Furlan, co-presidente do conselho de administração da BRF, ao Brasil Econômico.
Fonte:
Brasil Econômico. Por Françoise Terzian. 11 de agosto de 2011.
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