O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mede os preços pagos ao produtor, caiu 2,34% na primeira quadrissemana de agosto, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Foi puxado pelo índice de preços dos produtos de origem vegetal que apresentou variação negativa de 5,25%. Já o índice de preços dos produtos de origem animal subiu 5,48%, liderados pela carne suína (35,79%).
Entre os produtos pesquisados, 13 apresentaram queda nos preços (12 do setor vegetal e um da área animal), enquanto sete tiveram alta (dois de origem vegetal e cinco de origem animal). As quedas mais significativas ocorreram nos preços da batata (35,21%); do tomate para mesa (22,82%); do algodão (22,84%); da laranja para indústria (16,69%); do feijão (11,53%) e da laranja para mesa (11,39%).
Os preços do tomate de mesa seguem a forte tendência de queda, influenciada pelos desajustes conjunturais, segundo os pesquisadores Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti, José Alberto Angelo e José Sidnei Gonçalves. Na mesma perspectiva, os preços da batata submetem-se às variações bruscas da conjuntura.
No caso do feijão, a entrada das safras de inverno permitiu o recuo dos preços, revertendo a tendência de alta que vinha sendo experimentada, dizem os analistas do IEA. Segundo a análise, a normalização da oferta abre perspectiva de recuo dos preços dessa proteína vegetal no curto prazo.
Já a redução expressiva nos preços da laranja de mesa revela uma realidade distinta do ano anterior, observam os pesquisadores. Safra dentro da normalidade, numa conjuntura de recuo dos preços internacionais, levou à tendência de redução dos preços internos. De acordo com o estudo, as poucas compras das agroindústrias no mercado livre levaram ao pareamento dos preços da laranja para indústria e da laranja para mesa.
Além da carne suína, tiveram altas relevantes nos preços a carne de frango (11,54%); a banana nanica (8,54%); o leite C (4,03%); o leite B (3,09%) e a carne bovina (2,80%). A forte alta dos preços da carne suína decorre do substancial incremento das exportações do produto no último mês e início do mês corrente, explicam os técnicos do IEA. Os pesquisadores concluíram que a perspectiva derivada do anúncio do embargo russo produziu a antecipação de compras por aquele país, mas também evoluíram as vendas para Argentina e Hong Kong.
Fonte: Globo Rural. Pela Redação. 14 de agosto de 2011.