O governo dos EUA reduziu sua estimativa de produção de milho no país e ajudou a sustentar os preços do cereal ontem na Bolsa de Chicago. Os contratos dezembro subiram 1,22% e fecharam a US$7,4550 por bushel. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) prevê agora que a safra totalizará 317,42 milhões de toneladas, volume 3,2% menor do que esperava em agosto.
A alta do milho só não foi maior por dois motivos. Primeiro, porque analistas e participantes do mercado já esperavam um corte na projeção. O forte calor com baixa umidade no verão do Hemisfério Norte prejudicou o desenvolvimento das lavouras em algumas áreas. Segundo, porque o USDA também reduziu sua previsão de demanda - o governo considera que os preços altos inibirão o consumo.
Isso surpreendeu o mercado, mas não a ponto de provocar vendas em massa.
No caso da soja, os dados do governo pressionaram as cotações. O USDA elevou as estimativas de produção e oferta do país, enquanto investidores previam um corte.
O contrato da oleaginosa para entrega em novembro caiu 2,16%, a US$ 13,96 por bushel. Para o mercado de trigo, a influência também foi negativa. O governo elevou a projeção para estoques no mundo, por conta do aumento da produção no Canadá, na Europa e na região da antiga União Soviética. O preço do cereal recuou 0,34% em Chicago.
Fonte: O Estado de São Paulo. Por Filipe Domingues. 13 de setembro de 2011.