O presidente da Associação Rural do Paraguai no Departamento de San Pedro, Silfrido Baumgarten, dono da fazenda onde foi detectado foco de febre aftosa, disse que não pode ser responsabilizado porque cumpriu todas as etapas de vacinação do seu rebanho.
Segundo ele, o prejuízo com o sacrifício de aproximadamente 800 animais será de US$380 mil. Já o governo do Paraguai, em razão da suspensão das exportações, deve amargar prejuízos de R$300 milhões. Silfrido Baumgarten qer que a Senacsa (Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal) investigue a origem do vírus que contaminou o gado.
Em entrevista à rádio 780 AM, disse que é o primeiro a ser prejudicado com a suspensão das exportações de carne. “Cumprimos com todas nossas responsabilidades, não quero que nos culpem e vamos adotar todas as providências determinadas pelo governo, como o sacrifício dos animais. quero que investigue a origem do problema”, apelou.
Baumgarten disse que há uma semana alertou as autoridades das suspeitas em razão dos sintomas que apareceram nos animais em sua propriedade.
O superintendente federal de Agricultura em Mato Grosso do Sul, Orlando Baez, está reunido com técnicos para repassar as orientações da Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária do MAPA (Ministério da Agricultura, da Pecuária e do Abastecimento).
Até a informação de suspeitas, a orientação era para que se formasse um pool com técnicos de cinco países para inspeção na área onde havia suspeita. Com a confirmação da circulação do vírus em fazenda no Departamento de San Pedro, as autoridades podem optar, agora, por medidas de contenção e não uma simples apuração de suspeitas. Não há mais que investigar, o foco existe.
Fonte: Campo Grande News. Por Edmir Conceição. 19 de setembro de 2011.