Os presidentes da John Deere, Samuel Allen (CEO da Deere&Company), Michael Mack (presidente da Divisão Global de Construção e Florestal) e Aaron Wetzel (presidente da John Deere Brasil) anunciaram na manhã desta segunda-feira (3/10), em São Paulo (SP), que a companhia investirá US$180 milhões em duas novas fábricas no Brasil. O país foi o escolhido pelo grupo, segundo os executivos, por apresentar os mercados que mais crescem no mundo, citando a agricultura, construção civil e florestal.
As duas fábricas serão construídas em Indaiatuba, no interior de São Paulo. De acordo com Wetzel, uma das unidades será construída em parceria com a Hitachi Construction Machinery Ltda. e fabricará exclusivamente escavadeiras. A outra planta, que vai produzir retroescavadeiras e pás-carregadeiras de quatro rodas, e levará a marca exclusiva da John Deere. O investimento nesta unidade será de US$124 milhões.
"Nós enxergamos oportunidades importantes de negócios para equipamentos de construção no Brasil", afirmou Mack, ressaltando a realização da Copa do Mundo 2014, das Olimpíadas em 2016 e o crescimento da economia como um todo. "O Brasil é um dos mercados para equipamentos de construção que mais cresce no mundo", reitera o CEO, Samuel Allen.
De acordo com os executivos, a marca também investirá em redes de distribuição (concessionárias) para comercializar as máquinas e equipamentos que serão fabricados em Indaiatuba, nos mesmos moldes dos setores agrícola e florestal. Conforme explicou Alfredo Miguel Neto, diretor de assuntos corporativos para a América Latina, as fábricas serão complementadas por peças e equipamentos de empresas que já são parceiras da John Deere, a partir de 2012, quando as obras começam (a linha de produção está prevista para ser iniciada no último trimestre de 2013).
A John Deere já tem forte presença na área do agronegócio brasileiro e atua no mercado de fornecimento de máquinas e equipamentos agrícolas e florestais. A companhia possui três fábricas de equipamentos de agricultura, um centro de distribuição de peças para a América do Sul, um banco operado pelos Serviços Financeiros e uma unidade "Water", que atende exclusivamente o setor de irrigação. Aaron Wetzel afirmou que a companhia está estudando novos investimentos no Brasil, sobretudo na área agrícola.
"O Brasil é estratégico e seu potencial agrícola para produzir alimentos e atender a demanda mundial é muito importante. Percebemos o aumento na demanda por colhedoras de algodão, por exemplo, e a companhia está atenta a isso. Se a demanda crescer mais, será possível investirmos em uma fábrica de colhedoras de algodão no Brasil. No entanto, vai depender desta demanda", disse ele.
Fonte:
Globo Rural. Por Viviane Taguchi. 3 de outubro de 2011.
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