Desde o início de outubro, pelo menos 107 usinas sucroenergéticas brasileiras conseguiram o registro junto à Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (Environmental Protection Agency - EPA) necessário para exportar etanol para o país.
O cadastramento e a aprovação das empresas é umas das exigências do Renewable Fuel Standard (RFS), um conjunto de normas que regula a produção e a utilização de biocombustíveis no território americano. “A EPA já reconhece o etanol brasileiro como um biocombustível avançado, por reduzir em até 91% a emissão de gases que causam o efeito estufa comparado à gasolina. Esse reconhecimento faz do etanol produzido a partir da cana no Brasil um produto demandado no mercado americano, o que torna importante que as usinas brasileiras estejam prontas para esta oportunidade,” afirma Leticia Phillips, representante da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) na América do Norte.
De acordo com o RFS, a demanda por etanol nos Estados Unidos deve crescer a cada ano, o que torna o registro ainda mais relevante. Prova disso é que o número de usinas brasileiras inscritas tem aumentado significativamente: de 55 em fevereiro para as atuais 107. “Este incremento revela o grau de interesse das usinas em fornecer etanol de cana, um combustível comprovadamente de baixa emissão de carbono, para o mercado americano,” acrescenta Phillips.
O registro no EPA, no entanto, não autoriza a exportação de etanol para o estado da Califórnia, por exemplo. Lá, é exigido outro tipo registro específico que deve estar de acordo com o Padrão de Combustível de Baixo Carbono (Low Carbon Fuel Standard, ou LCFS), emitido pelo Conselho de Qualidade do Ar da California (California Air Resources Board - Carb). Até agora, apenas 44 usinas brasileiras obtiveram o registro para exportar para o estado nos termos do LCFS.
Fonte: Globo Rural. Pela Redação. 20 de outubro de 2011.