• Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

A hora de crescer não é agora, diz Maggi


Segunda-feira, 31 de outubro de 2011 - 09h13

Até poucos anos atrás, Blairo Maggi ostentava o título de maior produtor mundial de soja, mas perdeu o posto com o rápido avanço dos grupos estrangeiros sobre as terras brasileiras, como o do grupo argentino El Tejar. Mesmo assim, Maggi não parece disposto a brigar para retomar a posição - não agora. "Sempre estamos prontos para expandir, mas nesse momento ficou difícil porque o preço das terras está muito alto. A hora de crescer não é agora", afirma. O grupo Amaggi deve repetir nesse ano a área plantada de 2011, de 207 mil hectares. Para Maggi, as oportunidades de expansão estão hoje fora do Brasil, em países da África e da América do Sul, como Colômbia e Argentina. "A reputação do agricultor brasileiro lá fora é muito boa. Fizemos uma agricultura diferenciada aqui", afirma o senador (PR-MT), que deve plantar cerca de 7 mil hectares na Argentina neste ano. "Embora o governo vizinho fique com um terço de tudo que exportamos, é mais vantajoso do que transportar a soja de Mato Grosso até o porto de Santos". O empresário disse ainda que não pretende abrir o capital de sua empresa, seguindo os passos de grupos como SLC e Vanguarda. "São estruturas interessantes, e já consideramos essa possibilidade no passado. Mas temos um volume de produção grande, uma trading e uma capacidade de captação de recursos muito boa - que é o que as empresas buscam quando fazem uma abertura". Maggi não descarta, porém, montar um fundo para "captar recursos, comprar terras e colocar para funcionar", um modelo de negócio em alta nos últimos anos. Ele pondera, porém, que as propriedades atuais não entrariam nesse fundo. "Seria uma outra empresa, um novo negócio, com nossa expertise e capital de fora. Mas pegar os ativos da família e transformar em uma coisa de todo mundo, não". A despeito de seus próprios planos, ele se diz preocupado com a concentração de terras na mão de fundos de investimento e grandes grupos estrangeiros, "que podem sair do mercado de um dia para o outro". "O médio e o pequeno produtor estão sendo expulsos do campo, e isso é ruim para o país. Pela segurança alimentar e econômica, o governo deveria olhar mais para o agricultor individual", defende o megaprodutor. Fonte: Valor Online. Pela Redação. 31 de outubro de 2011.
<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja