Clima adverso
Os preços futuros do café arábica subiram ontem pelo quarto dia seguido na bolsa de Nova York.
Os contratos para entrega em março avançaram a US$2,3640 por libra-peso, uma valorização de 260 pontos. Segundo analistas ouvidos pela agência Bloomberg, o mercado tem sido sustentado pelas especulações em relação ao aperto na oferta. Nos últimos dias, Colômbia, Guatemala e El Salvador reduziram suas estimativas de produção para a safra que começou em outubro. "Os problemas com o clima na América Central e na Colômbia vão gerar escassez de cafés de alta qualidade", afirma Hernando de la Roche, diretor de futuros da INTL Hencorp Futures. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq subiu 3,45%, a R$489,66 por saca.
Demanda em queda
As especulações de que a vacilante economia global resultará na queda da demanda por algodão levaram os preços da commodity ao menor valor em duas semanas na bolsa de Nova York. Os papéis para março encerraram o pregão de segunda-feira cotados a US$9,688 por libra peso, queda 158 centavos de dólar. À agência Bloomberg, o analista da INTL FCStone, Andy Ryan, disse que "a contínua falta de demanda e o dólar mais forte" corroem o apelo por matérias-prima. Segundo ele, a indústria têxtil está diminuindo seus estoques ao invés de comprar, "porque eles não querem ficar com excesso de estoques". No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para a pluma terminou o dia valendo R$1,6828 por libra-peso, recuo de 0,73% ante a última sexta-feira.
Crise europeia
A preocupação com a evolução da crise na Europa voltou a pesar sobre os preços futuros da soja, que desceram ao menor patamar desde 10 de outubro em Chicago. Os contratos com vencimento em janeiro terminaram o pregão cotados a US$12,0175 por bushel, uma perda de 19,25 centavos. "A apreensão com a deterioração da situação europeia está reduzindo o interesse de compra nos mercados de grãos", disse Greg Grow, diretor de agronegócios da Archer Financial Services à agência Bloomberg. Na semana passada, grandes investidores reduziram sua aposta na alta dos preços das commodities pela primeira vez em quatro semanas, segundo dados oficiais dos EUA. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq ficou estável, a R$48,17 por saca.
Alta no campo em SP
Após recuar 1,49% em setembro, O IqPR, índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários de São Paulo pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) - vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado -, retomou a trajetória de alta e fechou outubro com variação positiva de 0,51%. O resultado foi determinado por ganhos médios tanto no grupo formado por seis produtos de origem animal (0,63%) quanto no composto por 14 vegetais (0,47%). Entre os itens pesquisados, os que mais subiram foram a batata (41,46%) e a carne suína (9,4%). Com a valorização de outubro, o indicador passou a acumular variação positiva de 17,12% nos últimos 12 meses. Neste intervalo, os vegetais aparecem com alta de 20,92% e os produtos de origem animal sobem 5,6%.
Fonte: Valor Online. Pela Redação. 8 de novembro de 2011.