Os agricultores do assentamento rural Santa Rita, no sudoeste de Goiás, participam de um projeto de manejo sustentável. Eles recebem assistência técnica de graça para produzir hortaliças.
A renda das 23 famílias que vivem no assentamento localizado a 35 quilômetros de Jataí é obtida com a produção de leite, da fruticultura e da criação de abelhas. Mas há cerca de dois anos o cultivo de hortaliças tem mudado a economia do local.
O agricultor Tairône Diamantino planta alface, couve, repolho e cenoura. Antes, o que produzia era apenas para o consumo da família, mas hoje a horta é a principal fonte de renda do assentado.
Tudo o que é cultivado tem mercado garantido. Parte da produção é comprada pela prefeitura da cidade e vai para a merenda escolar. O restante é comercializado em quatro feiras. O sucesso do negócio faz o agricultor pensar em ampliar as estufas. “Eu tenho condição razoável para fazer outra estufa. Em cada setor da cidade tem feira em um dia, comprador não falta. Depende só de produzir”, diz.
Para conseguir bons resultados foi preciso mudar a maneira de cultivar as lavouras. O agricultor faz parte de um manejo sustentável coordenado pela Universidade Federal de Goiás em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Os produtores participam de cursos de capacitação e recebem orientação técnica para a montagem de estufas e do sistema de irrigação.
No início da implantação do projeto, o agricultor Enaldo Ferreira estranhou algumas técnicas de cultivo. O mato é deixado entre as hortaliças. A cobertura vegetal é responsável pela manutenção e reposição dos nutrientes no solo. “Foi a orientação dada em um curso básico. O mato em volta da planta ajuda no combate às pragas e a não ressecar o solo”, justifica.
O adubo é feito com bagaço da cana-de-açúcar e a água vem da mina que também fica na propriedade.
Fonte: Globo Rural. Pela Redação. 8 de dezembro de 2011.