Empresa fará produção nacional de microchip utilizado para rastreamento de gado.
O orçamento estimado este ano para o Centro de Excelência em Tecnologia (Ceitc), empresa ligada ao ministéria da Ciência e Tecnologia e fabricante do chip do boi, deverá se manter no mesmo patamar de 2010, em que somou R$90 milhões, segundo informações de Reinaldo de Bernardi, responsável pelo desenvolvimento de produtos e negócios do instituto.
"Até o final de fevereiro e inicio de março esse valor deve ser cofirmado", acredita.
Conforme adiantou o Brasil Econômico na edição de quinta-feira (5/1), a empresa deve iniciar a produção nacional desse produto ainda neste primeiro trimestre, em sua planta localizada em Porto Alegre.
O microchip é projetado para rastrear o gado, mantendo histórico sobre o animal e atestado de vacina. A tecnologia aumenta o valor do boi, além de impulsionar sua exportação em mercados mais exigentes.
"O chip do boi já está em linha de produção desde 2010 em empresas na Alemanha", conta.
Segundo estimativas da Ceitec, o número de chips fabricados deve estar em torno de um milhão de unidades, sendo metade da produção destinada ao mercado nacional.
"A ideia é que com a transferência tecnológica a produção seja 100% nacional, e assim possamos atender não apenas a demanda interna, mas também países da America Latina, Europa e todo o exterior", explica.
Para este ano, Bernandi acredita que serão fabricados mais dois milhões de unidades do chip do boi, além de serem lançados mais três novos produtos, um voltado a área de comunicação, outro para setor de linha branca e um terceiro não declarado por ele.
"Há indicações de que esse volume vai aumentar por conta de haver mercado para o chip", indica.
Além do início da fabricação do chip do boi, está prevista também para este ano a produção, porém ainda no exterior, de novos chips voltados a área de logística, com estimativa de três milhões para o mercado nacional.
Segundo divulgou Bernardi, já está em teste um chip para identificação de bolsa de sangue, voltados à área da saúde.
Estrangeiros disputam vagas com brasileiros
Atualmente, a Ceitec conta tem aproximadamente 160 funcionários, mas com o aumento da demanda, segundo Bernardi é esperado ainda para o primeiro semestre deste ano a abertura de concurso público para elevar o quadro para 200 funcionários.
As vagas serão destinadas a engenheiros de todas as áreas voltadas à tecnologia.
Segundo dados da Ceitec, o atual quadro conta com estrangeiros oriundos de países como Estados Unidos, França, Alemanha, Bélgica, Índia e Peru. "A falta de mão de obra qualificada dos trabalhadores nacionais atrai a atenção de público estrangeiro, que vêm até o país para concorrer à vaga", conclui.
Fonte:
Brasil Econômico. Por Cristina Ribeiro de Carvalho. 6 de janeiro de 2012.
<< Notícia Anterior
Próxima Notícia >>