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Commodities Agrícolas


Terça-feira, 10 de janeiro de 2012 - 09h35

Teto em dois meses As cotações do suco de laranja voltaram a disparar ontem na bolsa de Nova York, mais uma vez impulsionadas pela frente fria que, na semana passada, prejudicou pomares da fruta em regiões da Flórida, principal estado produtor dos EUA. Na quinta-feira o departamento de agricultura do país (USDA) divulga novos números sobre a safra americana, e traders consultados pela agência Dow Jones Newswires apostam em redução significativa da estimativa do órgão para a colheita. Os contratos do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) para março fecharam a US$1,8775 por libra-peso, ganho de 1.000 pontos em relação a sexta-feira. Em São Paulo, a caixa de 40,8 quilos da laranja pera in natura, de mesa, subiu 0,69%, para R$8,73, segundo o Cepea/Esalq. Efeito La Niña A estiagem provocada pelo fenômeno La Niña na América do Sul voltou a elevar os futuros de soja negociados na bolsa de Chicago. Os papéis para março encerraram o pregão cotados a US$12,3300 por bushel, valorização de 36,50 centavos, a maior em quase duas semanas. Conforme relatório do Commodity Weather Group LLC, o clima seco deve reduzir a produção de soja e milho da região Sul do Brasil em cerca de um terço. "As culturas estão declinando, e os preços reagindo a uma maior demanda pela produção dos EUA", afirmou à Bloomberg Chad Henderson, da Prime Agricultural. "Há necessidade de mais chuva para evitar novas perdas", acrescentou. No Paraná, o indicador Cepea/Esalq para a soja recuou 0,88%, com a saca de 60 quilos valendo R$48,32. Safra sul-americana A preocupação com a safra de grãos na América do Sul, cuja produção está sendo prejudicada pela estiagem, voltou a dar sustentação aos preços do milho na bolsa de Chicago. Os contratos com entrega para março encerraram o dia a US$6,5950 por bushel, alta de 8,75 centavos de dólar. De acordo com analistas consultados pela Dow Jones Newswires, as chuvas previstas para esta semana na Argentina não serão suficientes para evitar perdas significativas da produção. Ontem, investidores voltaram atrás nos recentes movimentos de realização de lucro, com o mercado à espera do relatório de quinta-feira do USDA, que vai sinalizar o tom do mercado para o próximo um mês e meio, conforme o ABN Amro. No Brasil, o indicador Esalq/BM&FBovespa ficou estável, com a saca a R$30,93. Influência do milho Os contratos futuros de trigo subiram ontem nas bolsas americanas diante da falta de chuvas nas lavouras da América do Sul e o consequente risco de perdas de produtividade para o milho. Em Chicago, os papéis para maio encerraram o dia a US$6,6075 o bushel, alta de 17 centavos de dólar. Em Kansas, onde se negocia o trigo de melhor qualidade, o mesmo vencimento fechou a US$7,0675 o bushel, valorização de 18,25 centavos. Especialistas disseram à Bloomberg que as especulações giram em torno de uma provável maior demanda por trigo do segmento de ração caso haja mesmo uma quebra de safra de milho na Argentina. No mercado do Paraná, a tonelada do cereal fechou com preço médio de R$441,15, alta de 0,12%, segundo o Cepea/Esalq. Fonte: Valor Econômico. Pela Redação. 10 de janeiro de 2012.
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