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Tetra Pak investe R$200 milhões para elevar produção em 45% até 2015


Terça-feira, 31 de janeiro de 2012 - 17h26

A Tetra Pak, líder no mercado brasileiro de embalagens cartonadas, investirá R$200 milhões para ampliar sua capacidade de produção local em quase 45% até 2015. O projeto prevê a expansão da unidade de Ponta Grossa (PR) de atuais 7 bilhões de embalagens para aproximadamente 14 bilhões de embalagens por ano. Com isso, a fábrica paranaense ingressará em um seleto grupo de "mega fábricas", composto por 15 unidades da Tetra Pak, entre elas a de Monte Mor (SP), cuja produção é de 8,6 bilhões de embalagens por ano. A decisão de ampliar a produção no Brasil, principal projeto em construção da Tetra Pak no mundo, está alinhada com o objetivo de manter crescimento médio de 7% ao ano até 2020. Caso a meta seja alcançada, as vendas no Brasil devem superar 20 bilhões de unidades por ano no final desta década, o dobro do volume de negócios registrado em 2010, disse o presidente da Tetra Pak Brasil, Paulo Nigro. O executivo explica que, em 2007, quando decidiu ampliar a unidade de Monte Mor, a Tetra Pak projetava alcançar vendas de 12 bilhões de unidades em 2012. Essa marca, entretanto, foi atingida em 2011, quando o faturamento da unidade brasileira alcançou cerca de R$ 4 bilhões. "Iniciaremos um investimento que precisamos para atender o mercado a partir de 2015", afirmou à Agência Estado. Quando o projeto for concluído, diz Nigro, a direção da Tetra Pak precisará decidir sobre uma nova expansão de capacidade no Cone Sul para atender o mercado da América Latina a partir de 2018. Além de abastecer outros países – aproximadamente 20% da produção nacional da Tetra Pak é destinada a exportações –, a nova linha da unidade de Ponta Grossa atenderá mercados específicos. Nigro considera que a utilização de embalagens cartonadas, também chamadas de longa vida, tem grande potencial para crescer no mercado de bebidas à base de frutas, que sobe acima de 10% ao ano há mais de cinco anos, e outras variações, como bebidas à base de soja ou cereais. O mercado de leite, principal segmento das embalagens cartonadas, continuará a crescer, mas em ritmo mais discreto. Alimentos Outro segmento analisado com atenção pela Tetra Pak é o de alimentos sólidos, como ervilha, milho, saladas de frutas e feijão pronto. "A área de alimentos sólidos nos dá a possibilidade de construir uma outra Tetra Pak, porque hoje a empresa é focada basicamente em produtos líquidos", diz Nigro. Por isso, a expansão no Paraná também prevê a fabricação de uma embalagem própria para alimentos sólidos, mercado que já movimenta mais de 100 milhões de embalagens importadas pela Tetra Pak no Brasil. Além do Brasil, apenas a Itália comercializa mais de 100 milhões de embalagens anuais para alimentos sólidos. Os EUA devem ingressar nesse grupo em 2013, contribuindo para que o consumo mundial de embalagens para sólidos salte dos atuais 500 mil para 5 bilhões de unidades por ano em 2020. "A marca de 100 milhões de embalagens para alimentos sólidos vendidas no Brasil é importante, porque a partir dela podemos pensar em investimentos e em produção local", disse Nigro. A tecnologia para produção dessa embalagem em Ponta Grossa deverá ser validada em julho de 2013, quando será concluída a primeira fase do projeto de expansão. Nessa etapa, que terá início hoje com o lançamento da pedra fundamental da unidade, a capacidade local será ampliada para 11,5 bilhões de embalagens anuais. A segunda fase, quando a produção será expandida para 14 bilhões de unidades por ano, deverá estar finalizada em julho de 2015. O Brasil é o segundo mercado mais relevante para Tetra Pak, que atua em mais de 170 países, atrás apenas da China. Em 2011, o País respondeu por 18% do faturamento global da empresa, de 10 bilhões. Com a conclusão do projeto no Paraná, essa participação deve superar 20%, diz Nigro. O investimento também é importante do ponto de vista local, já que é uma "resposta" à construção de uma fábrica da SIG Combibloc, em Campo Largo (PR). A concorrente, entretanto, ainda responde por menos de 10% do mercado nacional. Fonte: Agência Estado. Por André Magnabosco. 30 de janeiro de 2012.
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