As exportações brasileiras para países árabes tiveram crescimento de 20,3% em 2011, chegando a US$15,1 bilhões, de acordo com informações divulgadas nesta terça-feira (31/1) pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.
Por sua vez, as importações feitas pelo Brasil de produtos originários de países árabes subiram 43,36%, somando US$9,9 bilhões.
Entre as nações que receberam produtos brasileiros, a Arábia Saudita ficou com cerca de 23% do total exportado, ou US$3,4 bilhões, seguida pelo Egito (17%) e Emirados Árabes Unidos (14%).
Já no campo das importações, novamente a Arábia Saudita aparece em primeiro lugar, com 31% do total, empatando com a Argélia.
Para Salim Taufic Schahin, presidente da entidade, os recentes aumentos nas exportações do Brasil para países árabes refletem uma mudança nos negócios entre as duas partes.
"Nos últimos anos geramos um superávit de US$11 bilhões. Isso é relevante, pois os países árabes são essencialmente exportadores. Em três anos, a participação destas nações na nossa balança comercial passou de 1% para 2,3%", comentou.
As exportações para países do Oriente Médio, Golfo Arábico e norte da África, foram puxadas por um volume maior de comércio de açúcares, com vendas de US$4,6 bilhões, minérios, com US$2,9 bilhões, e cereais, com US$1,1 bilhão.
Entre os produtos importados, o petróleo correspondeu a maior parte do total, seguido por adubos e fertilizantes, sal, enxofre, gesso, cal e cimento, sendo a lista completada por plásticos e seus derivados.
Na visão de Schahin, o comércio deve se expandir entre 10% e 15% em 2012, tendo como foco os setores de alimentação, construção civil, moda e equipamentos.
"As relações se incrementaram e ganharam ascendência positiva. Acredito que se seguirmos com este trabalho, tendo apoio do governo brasileiro indo em busca de novos mercados, teremos sucesso neste intercâmbio de mercado", pontuou.
Portal de informações
A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira pretende lançar no primeiro semestre deste ano um site que conterá dados sobre os mercados representados pela entidade. Denominada InfoBiz Câmara Árabe, a ferramenta será oferecida em parte para o público geral e de maneira completa para os associados.
"A intenção é oferecer diversas informações, inclusive as relacionadas ao processo de entrada de produtos no mercado brasileiro", destacou Michel Alaby, CEO da Câmara.
Outro ponto destacado pela instituição foi o aumento da interação entre os países, com troca de informações na parte social. Segundo o presidente Schahin, o Brasil tem experiências a oferecer aos países árabes. "Com os avanços na distribuição de renda e melhoria da economia, será importante fortalecer esses laços e levar exemplos para lá", finalizou.
Fonte:
Brasil Econômico. Por Humberto Domiciano. 31 de janeiro de 2012.
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