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Scot Consultoria

Alta Genetics estima nova expansão de 20% em 2012


Quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012 - 17h48

O mercado de inseminação artificial bovina deve repetir em 2012 o forte desempenho dos últimos anos. Ao menos, é o que espera Heverardo Carvalho, presidente da Alta Genetics, uma das líderes do segmento no Brasil. Segundo o executivo, o número de doses vendidas por todas as indústrias do segmento no país deve crescer entre 15% e 20% neste ano, depois de avançar cerca de 13% em 2011. "Vivemos um círculo virtuoso nesse setor. A tecnologia está se popularizando, e os custos estão caindo", afirma. Os números oficiais ainda não foram divulgados, mas estima-se que as vendas de sêmen tenham superado com folga a marca de 11 milhões de doses em 2011 - um recorde. A Alta Genetics, que disputa a liderança do mercado brasileiro com a CRV Lagoa, registrou em 2011 crescimento de 19,8% no número de doses de sêmen vendidas e de 20% no faturamento, que alcançou R$60 milhões. Para 2012, a empresa projeta crescer novamente perto de 20%. Responsável por um quarto de sua receita global, o Brasil é o maior mercado da companhia que tem sede no Canadá. Carvalho acredita que o aumento da renda no Brasil - impulsionado pelo reajuste do salário mínimo em janeiro - deve ter um efeito positivo sobre o consumo doméstico de carne bovina e, consequentemente, assegurar preços elevados aos criadores. "Como esse cenário se mantém há alguns anos, o pecuarista se sente muito seguro para investir", avalia. O que mais anima o executivo é o baixo índice de difusão da tecnologia no Brasil, detentor do maior rebanho comercial do mundo. Atualmente, apenas 10% das matrizes são inseminadas artificialmente. "Prefiro dizer que ainda temos 90% do mercado para conquistar", brinca Carvalho. Nos países desenvolvidos, calcula, a inseminação artificial responde por cerca de 80% das prenhezes. Para o Brasil, ele acredita que a taxa pode chegar a 30% até o fim da década. "Seria um patamar bastante razoável para a realidade brasileira". Carvalho aposta que a popularização da tecnologia conhecida como IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo) deve acelerar a adoção da inseminação nas fazendas do país. O IATF consiste em injetar um hormônio para induzir o cio das vacas, de modo que elas possam ser inseminadas em grande número e ao mesmo tempo. Pelo método tradicional, funcionários têm de ir ao pasto para identificar quais fêmeas estão no período fecundativo e prontas para a inseminação, o que praticamente inviabiliza a técnica em grandes rebanhos. Segundo Carvalho, a IATF representa um custo adicional de aproximadamente R$25 por dose. "No ano passado, quase 90% das fêmeas foram inseminadas dentro desse sistema". A inseminação artificial, garantem seus defensores, facilita o acesso dos pecuaristas aos genes de animais que comprovadamente vão transmitir características como potencial para ganhar peso mais rápido ou produzir mais leite aos seus descendentes. Fonte: Valor Econômico. Por Gerson Freitas Jr. 1 de fevereiro de 2012.
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