A proposta apresentada pela Embrapa Gado de Leite à Câmara Setorial do Leite faz uma reflexão do setor, que apresenta 931 mil propriedades que produzem e comercializam leite, distribuídas em todo o território nacional e é uma das atividades agrícolas que mais contribuem para empregar mão-de-obra no meio rural. A proposta é para o Plano Pecuária Nacional 2012/2013, demandada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo o chefe geral da Embrapa Gado de Leite, Duarte Vilela, o setor enfrenta grandes desafios ambientais, econômicos e sociais. “A capacitação e qualificação da mão-de-obra, além da incorporação de novas tecnologias para a produção de leite de qualidade, com custos de produção compatíveis com a atividade, são alguns destes desafios”.
Do ponto de vista ambiental, a atividade leiteira precisa se inserir no contexto da produção agrícola e pecuária de baixo carbono. “Temos, no entanto, que conhecer o real impacto da atividade no aquecimento global e nossos pesquisadores estão focados neste desafio”, afirma Vilela.
A proposta da Embrapa sugere a criação de sete grandes programas nacionais que seriam a base do novo Plano Pecuário do Ministério: qualidade e segurança do leite e derivados, qualidade das pastagens, qualidade genética animal, saúde animal, bioenergética e sustentabilidade dos sistemas de produção, formação e qualificação profissional, incentivo à exportação.
Estes programas se alicerçam nos objetivos de assegurar a comercialização de leite e derivados dentro dos padrões legais de segurança para o consumidor, elevar a produção e produtividade por área assegurando a preservação ambiental, aumentar a produção e o índice de produtividade por animal com a elevação do ganho genético dos rebanhos, proporcionar um salto tecnológico na mitigação de gases de efeito estufa, nos estudos de tratamentos de efluentes e de aproveitamento de resíduos da atividade produtiva, fortalecer o sistema de defesa agropecuária nacional, aumentar o nível de instrução dos produtores de leite, atualizando os conhecimentos e ampliando a capacitação dos técnicos do sistema Ater e fortalecer e consolidar a posição do Brasil como importante player no mercado nacional e internacional de lácteos.
Fonte: CNA. Pela Redação. 13 de fevereiro de 2012.